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quarta-feira, 11 de março de 2015

STU COOK E DOUG CLIFFORD EM DECLARAÇÃO POLÉMICA

                                                 STU COOK E DOUG CLIFFORD
                                               
Stu Cook e Doug Clifford à época do lançamento do album ao vivo "Recollection" dos Creedence Clearwater Revisited em 1998,  fizeram uma declaração polémica que fez correr muita tinta dividindo uma onda de reacções na opinião pública :

[John Fogerty pode ter sido o autor intelectual das canções dos Creedence Clearwater Revival, mas não foi o único autor no processo criativo dessas mesmas canções, ele trazia as canções em "esqueleto" à guitarra, depois eu (Stu Cook) tinha de criar toda a linha de baixo para a sua construção, o mesmo se passava com o Doug Clifford que tinha de trabalhar todo o processo de bateria para a construção dessas canções, depois disso o John Fogerty trancava-se no estudio a trabalhar nos restantes arranjos fazendo overdubs por cima, mas em termos criativos práticos essas canções não eram só de John Fogerty, eram também nossas]

                                                                                                     Stu Cook - 1998

"O John Fogerty trazia-nos o embrião das novas canções compostas por ele, mas depois nós (Doug Clifford, Stu Cook, Tom Fogerty) tinhamos de trabalhar na criatividade ritmíca dessas canções e encontrar linhas de guitarra, baixo e bateria para a construção dessas canções, só depois da sessão ritmíca estar criada é que John Fogerty criava os solos de guitarra, os arranjos e produção final, ás vezes depois de meter a voz, ainda fazia uns overdubs em estudio, reconheço que ele investia muitas horas de trabalho nesse processo, mas analisando por um todo, sou da opinião do Stu, essas canções no modo criativo não eram só do John Fogerty, tinham também lá um pedaço do nosso trabalho criativo e pelo conseguinte eram canções também nossas] 
                                                          
                                                                                                   Doug Clifford - 1998

[Ao tocarmos essas canções consideramos que foi um favor que fizemos a John Fogerty, embora ele não tivesse gostado da ideia, fazia muitos anos que ele não tocava essas canções, mas ele tentou impedir em tribunal as apresentações da nossa banda Creedence Clearwater Revisited, mas foi muito mal sucedido nesse intento, a justiça acabou por não lhe dar razão e nós continuamos na estrada cada vez com mais concertos super lotados]

                                                                                                      Doug Clifford - 1998

"Eu realmente gostava dele, mas conforme o sucesso dos Creedence Clearwater Revival ia crescendo ia ficando cada fez mais egocêntrico transformando-se num ditador insuportável"

                                                                                                       Doug Clifford - 1998

"Em tempos fomos grandes amigos, com o sucesso dos CCR começou as nos tratar como se fossemos só musicos dele, tornou-se num convencido cabrão miserável e ditador sem escrúpulos"
                                                                                                       Stu Cook - 1998

"Nos CCR nunca participamos do processo de desenvolvimento das gravações em estúdio, o método de trabalho de John era o seguinte : ele trazia para a sala de ensaio as novas canções que pretendia gravar e nós ensaiavamos durante um mês de 8 a 12 horas por dia, depois quando achava que tudo estava devidamente "afinado" iamos para o estúdio gravar "live in studio" a sessão ritmica (baixo, guitarra, bateria) durante 2 ou 3 dias, depois ficavamos de fora da restante gravação, ficando John sozinho a trabalhar nessas canções, overdubs e arranjos, finalmente eramos chamados para gravar os coros de apoio vocal e depois dispensados ficando John de novo sozinho para gravar a parte vocal principal e fazer as mixagens, só tinhamos conhecimento do resultado final das canções quando o disco já estava prensado e pronto a ser distribuído nos circuitos de venda, nós eramos postos de parte em quase todo o processo de gravação de um disco, era só John quem dominava o processo de estúdio"

                                                                                                            Doug Clifford - 1998

"O John era um manipulador psicopata rancoroso, passou a nos odiar porque nós apoiávamos o Tom nas suas ideias e decisões, por sua vez o Tom apoiava Saul Zaentz, presidente da Fantasy, com o qual John estava a ter grandes problemas, John achava que deviamos estar do lado dele, mas nós estavamos do lado de Tom, isso nos garantia ser a maioria para garantir as percentagens financeiras de negocios relativos ao material gravado enquanto CCR, cada um de nós tinhamos 25% de quota sobre o legado dos CCR e nós três juntos eramos a maioria sobre os 25% detidos pelo John e o grande problema era que John queria impedir de rentabilizar o material gravado pelos CCR enquanto os seus problemas com Saul Zaentz / Fantasy não estivessem resolvidos, os CCR eram a nossa banda e não só a banda de John Fogerty".

                                                                                                            Stu Cook - 1998

"Acho que o último album dos CCR, "Mardi Grass", só falhou porque o John assim o quis, foi um fracasso planeado porque reconheço que ele é um génio e sabia antecipadamente que esse album não ia resultar, ele fez tudo deliberadamente para que tivesse como resultado a separação da banda pois ele queria iniciar uma carreira a solo. Ele sabia que a nos pôr a vocalizar dois terços do album isso seria um desastre total porque tinhamos a consciência que nem eu nem o Stu eramos definitivamente cantores." 
                                                                                                         Doug Clifford - 1998

"John é uma mente diabólica que deu cabo de uma banda que ainda tinha muito para dar, quis seguir uma carreira a solo que o encurralou e que não lhe correu como ele esperava, mas sobreviveram estas excelentes canções dos Creedence Clearwater Revival que continuam a atravessar gerações e que agora estamos apresentar ao vivo com a nossa nova banda Creedence Clearwater Revisited" 
                                                                                                             
                                                                                                           Stu Cook - 1995


                                                  STU COOK & DOUG CLIFFORD
                                        CREEDENCE CLEARWATER REVISITED


RESPOSTA DE JOHN FOGERTY A ESTE ASSUNTO :

" (Risos) ... Esse tal Creedence Clearwater Revisited é uma banda de covers formada por uns parasitas que andam a defraudar o público com as canções que eu criei e que eles tomam como se fosse deles a sua autoria"

                                                                                                             John Fogerty - 1998


sábado, 12 de abril de 2014

STU COOK - UM EXCELENTE BAIXISTA !

Stuart Alden Cook, mais conhecido por Stu Cook, nascido a 25 de Abril de 1945, é um baixista mundialmente conhecido como elemento da banda rock-country-blues (swamp-rock), Creedence Clearwater Revival.
Curiosamente Stu Cook começou como pianista em 1959 na banda The Blue Velvets com John Fogerty e Doug Clifford.
Com a entrada de Tom Fogerty em 1961 a banda passou a designar-se Tommy Fogerty And The Blue Velvets e assinam um contrato discográfico com a editora Orchestra Records na qual gravam 3 discos single que não obtiveram nenhum sucesso.
Em 1963 mudam o nome para The Visions e têm dificuldade em encontrar editora, finalmente assinam contrato em 1964 com a Scorpio Records uma subsidiária da então editora especializada em Jazz, a Fantasy Records.
No lançamento do primeiro disco a editora muda o nome da banda para The Golliwogs, e é por esta altura que Stu Cook abandona o piano e assume a posição de guitarrista baixo com a qual mais tarde iria fazer história.
Entre 1964 a 1967 os The Golliwogs fazem alguns pequenos sucessos regionais, mas as capacidades de Stu Cook como baixista ainda não se fazem notar.
Em 1968 a banda muda definitivamente o nome para Creedence Clearwater Revival e gravam o primeiro album para a Fantasy Records em que já se nota todo o desenvolvimento de Stu Cook como baixista que muito ajudou a criar a sonoridade própria da banda.
Embora tenha sido John Fogerty o grande criador do swamp-rock e compositor, arranjador e produtor de quase todas as músicas desta banda, que também gravou alguns covers, Stu Cook criou belas linhas de baixo em muitas dessas músicas criadas por John Fogerty.
John Fogerty foi muito ajudado por esta sessão ritmica para construir essas canções, as linhas de baixo criadas por Stu Cook e os riffs de bateria de Doug Clifford eram a simbiose perfeita na sua construção.
Também foi fundamental o balanço ritmico muito peculiar criado por Tom Fogerty na guitarra base (ritmo), e claro, John Fogerty era o grande génio na construção dessas canções onde construiu grandes solos de guitarra e acrescentava todo o potencial da sua voz.
Depois da separação dos Creedence Clearwater Revival em 1972, Stu Cook junto com Doug Clifford fizeram uma temporada como músicos de sessão de estúdio, chegaram a participar em dois albuns a solo de Tom Fogerty, "Zephyr National" e "Myopia" ambos de 1974, também fizeram parte da banda The Don Harrison Band na qual gravaram dois albuns, depois enquanto Doug Clifford passou para a banda Sir Douglas Quintet, Stu Cook ocupa o lugar de baixista na conhecida banda Southern Pacific, mesmo a tempo de gravar o segundo album dessa banda, e onde fica alguns anos.
Por volta de 1995 Stu Cook e Doug Clifford voltam a reunir-se e formam os Creedence Clearwater Revisited, uma banda de covers da banda CCR original, e ainda estão em actividade.
Stu Cook é um excelente baixista e ficará para sempre conhecido na história da música como o homem que criou algumas das mais belas linhas de baixo na história do rock.