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domingo, 28 de abril de 2019

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL & JOHN FOGERTY - A MINHA HISTÓRIA DE FAN ! ...

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL : A MINHA HISTÓRIA DE FAN...
Desde 1970, quando tinha 13 anos de idade, que tornei-me fan absoluto da banda norte-americana Creedence Clearwater Revival e como tal, daí para cá coleciono discos, cd´s e dvd´s desta banda, adequiridos ao longo dos anos. Começei pelos discos vinyl e com a evolução e invenção do Compact-Disc passei a colecionar tudo por esse meio digital.
Ao longo dos anos consegui fazer uma boa coleção, principalmente em formato CD com todos os albuns de estudio e oficiais ao vivo, além disso cosegui também todos os albuns oficiais de estudio e ao vivo de John Fogerty e Tom Fogerty, alguns dos quais estão presentemente descatologados pelas editoras dos mesmos. Embora o catalogo dos Creedence Clearwater Revival tenha sido exaustivamente explorado pela editora Fantasy Records ao longo dos anos, tenho algumas edições que são verdadeiramente uma raridade editorial, pela concepção e conteúdo que apresenta.
Na verdade, fazer esta coleção foi uma ardua tarefa ao longo dos anos, isto porque certos discos estão descatologados pela editora e são difiçeis de encontrar, mesmo usados, disponíveis nos mercados próprios que se dedicam á comercialização de usados, embora no meu caso tive a sorte de conseguir na grande maioria novos e em primeira mão. Os discos (cd´s) mais fáceis de conseguir são os dos Creedence Clearwater Revival, mas os mais dificeis são os do Tom Fogerty, e só os consegui através de um contacto no mercado negro. Os de John Fogerty também não são assim tão fáçeis de conseguir, já que alguns deles encontram-se descatalogados faz imensos anos, mas lá os consegui arranjar. O único album solo de Doug Clifford também foi muito dificil de conseguir e estava descatalogado faz muitos anos, aproveitei uma rara e recente edição especial desse album e não deixei escapar a oportunidade.Finalmente uma raridade absoluta foi quando a editora decidiu relançar a obra dos The Tommy Fogerty & The Blue Velvets, e também dos The Golliwogs, aproveitei essa grande oportunidade para descobrir como eram, ou como foi, os primórdios dos Creedence Clearwater Revival no iniçio de carreira.
É todo esse meu esforço e paciência que partilho, com quem me segue neste blogue, esta informação que consegui obter com persistência ao longo da minha vida.
Um meu familiar, que era fan da banda The Beatles e também do ex-beatle John Lennon,(entretanto já falecido), não era nada apreciador da arte musical dos Creedence Clearwater Revival e fazia-me severas críticas acerca desta banda, mas algum tempo depois um amigo ofereçeu-lhe o album Cosmo´s Factory, e esse meu famíliar rendeu-se a um tema cover "I Heard It Through The Grapevine", pouco tempo depois acabou por comprar um outro album com os maiores sucessos desta banda, o album "Chronicle Vol.1", o que foi o maior contrasenso devido às duras críticas negativas que fazia contra esta banda. Por essa época esse meu famíliar integrou vários grupos musicais amadores que animavam algumas festas populares, e pelo menos quatro (4) temas desta banda ele chegou a interpretar (cantar), tais como "Proud Mary", "Hey Tonight", "Have You Ever Seen The Rain ?", "Lookin´Out My Back Door", mas acho que foram mais, mas estas lembro-me perfeitamente que ele cantava. Nunca entendi essa opinião dele !.
O tempo veio dar-me a razão, os discos da banda nunca foram descatologados pela editora Fantasy Records, agora nas mãos da Concord Music Group, e continuam a vender milhões de exemplares na America do Norte, na América do Sul, na Europa e na Ásia. Em 1993 foram postuamente homenageados no Hall of Fame, 20 anos depois de ter ocorrido a sua separação. Foram prémiados com diversos discos de prata, de ouro e de platina durante o tempo que estiveram em actividade e ganharam outros tantos mais depois da sua separação. Só não alcançaram nenhum nº 1 no Top Ten de Singles nos Estados Unidos da America, mas alcançaram diversos nº 2 no Pop Ten de Singles Americano. Nos mercados discograficos do resto do mundo alcançaram diversos nº 1 no Top Ten de cada país. Também fora do mercado discográfico norte-americano foram lançados outros discos single que nunca foram editados como tal na América.
Nos último 50 anos já foram publicadas mais de uma centena de compilações dos Creedence Clearwater Revival, algumas melhores que outras semelhantes ou não, além da discografia oficial, edições especiais e por aí em diante. Deste universo do legado dos Creedence Clearwater ou John Fogerty a solo, eu como colecionador sempre tive o cuidado de escolher o melhor da panóplia de edições postas á disposição do mercado discográfico. Para além dos albuns oficiais de estudio e dos albuns oficiais ao vivo, tenho ainda diversas compilações que sempre apresentam algo inédito e colecionável. Tudo tem uma razão de ser, algumas edições foram adequiridas pelo aspecto gráfico da capa ou pela informação que apresentava o encarte da capa, nada nesta minha coleção foi adequirido ao acaso.
Curiosamente John Fogerty na sua carreira a solo não alcançou o mesmo mediatismo alcançado como líder absoluto dos Creedence Clearwater Revival, que foi a razão do seu maior sucesso enquanto compositor, letrista, guitarrista, arranjador e produtor de quase toda a obra intelectual dessa banda.
John Fogerty será sempre lembrado mais pelo seu trabalho na banda Creedence Clearwater Revival do que pelo seu trabalho na carreira a solo.



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A HISTÓRIA DE UM RADIALISTA


Aqui vamos prestar homenagem a um dos melhores Radialistas Portugueses da sua época que infelizmente desapareceu prematuramente do meio de nós.
Era um grande Fan da banda Supertramp, mas foi um dos que mais ajudou a divulgar na radio a banda Creedence Clearwater Revival, da qual também era Fan, no final da década de 70 e inicio da década de 80.

Deixo abaixo um pouco da sua história :

A RADIO DO "NOSSO" TEMPO
Emanuel José da Silva Ferreira, começou a fazer locução de radio por brincadeira na radio pirata Radio Atlantis Fm, a qual ele foi o seu principal fundador, a radio atlantis funcionava com algum material semi-profissional e outro material rudimentar, isto na reta final da década de 70, o digital era ainda uma miragem e não estava prolífera por cá, ainda era nessa época o analógico, e as radios locais estavam num horizonte longinquo, cujas licenças só foram concedias muito mais tarde, essa radio funcionava num barracão no quintal da casa de uma tia, lá para os lados da Quinta Deão, no Funchal, o estudio era composto por dois pratos de gira-discos, um amplificador de média potençia, dois microfones, um leitor/gravador de cassetes, muitos discos em vinyl e um emissor transmissor que foi arranjado em kit através da Alvaro Torrão - Radio Escola (que não sei se ainda existe), kit esse que o Emanuel montou sozinho sem perceber nada de electronica, a juntar a este material ainda tinha duas antenas de radio CB-Banda do Cidadão, ligadas com vários cabos de cobre, e assim era transmitidas emissões de radio que eram recepçionadas em zonas do Funchal, como São Roque, Monte, Imaculado Coração de Maria, Levada de Santa Luzia e outras zonas dessa área, recordo que na época andava a Radio Marconi com um carro sonda a ver se apanhava de onde estavam a ser emitidas esses sinais de radio, o pessoal que coloborava na extinta Radio Atlantis também partiçipava nas buscas, só por gozo, é claro que todas essas buscas não davam em nada, o pessoal da radio marconi andava rua acima rua abaixo com os meios técnicos que tinham na época, mas as buscas saíram sempre infrutíferas, é claro que depois do pessoal da radio marconi ir embora, a malta da radio atlantis reunia-se e fazia uma festa. Também coloborei na Radio Atlantis, escrevia textos acerca de artistas, fazia de técnico de som e o material fonografico quase todo era meu, eram os velhinhos discos em vinyl, a radio atlantis tinha poucos e então eu trazia os meus, mas toda a gente coloborava nesse sentido e embora muitos amigos da época tenham coloborado com a Rádio Atlantis, só me lembro de um, o João Rebelo, que além do Emanuel e de mim, era o coloborador mais assíduo que nós tinhamos. O Emanuel Silva Ferreira foi o mentor, idealizador e principal fundador da Radio Atlantis, uma radio pirata que deu de falar e pela qual ele dedicou muito do seu tempo, e essa radio só teve a sua extinção devido o Emanuel Ferreira ter sido convidado a integrar os quadros profissionais do PEF-Posto Emissor do Funchal, de iniçio como locutor do programa "Musica ao gosto do ouvinte" e depois transitou para programas mais diversos onde ganhou muita popularidade, prinçipalmente entre gentes do mundo rural e nem só, pois o seu sentido de humor era do agrado dessa população. Depois de alguns anos no Posto Emissor, foi convidado a integrar os quadros profissionais da radio local Radio Calheta FM, para as funções de locutor e director/produtor de programas. Ultimamente não estava no exerciçio de funções devido a grave problema de saúde que o veio vitímar a 4 de abril de 2007, foi um dos grandes nomes da radio madeirense. Durante as décadas de 80 e 90 foi um dos locutores mais populares da PEF-Posto Emissor do Funchal à volta de toda a Ilha da Madeira. Faleceu aos 44 anos de idade e o seu funeral realizou-se no dia 6 de abril de 2007 pelas 15h30m no Cemitério de Nossa Senhora das Angustias, em São Martinho, na preferia Cidade do Funchal, Ilha da Madeira.
PAZ À SUA ALMA.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CCR - A MINHA BANDA DE SEMPRE - DE VOLTA ÀS MINHAS MEMÓRIAS !

Estávamos no inicio da década de 70, antes da Revolução do 25 de Abril de 1974, quando tive contacto pela primeira vez com esta banda, através do meu saudoso amigo Virgilio Teixeira, que era um grande fan dos CCR, o primeiro contacto veio com os discos single vinyl 45 rpm, que era o que o meu já falecido amigo Virgilio Teixeira tinha em casa e por vezes emprestava-me, depois deste primeiro contacto e após à Revolução do 25 de Abril de 1974, eu interessei-me em explorar ainda mais a obra musical desta banda, começando a comprar os seus albuns (discos vinyl 33 rpm) que guardei religiosamente no meu arquivo discográfico, mas também dediquei-me a adquirir os discos a solo que foram lançados por alguns ex-elementos desta banda logo após sua separação em 1972, quando se começou a entrar na era do formato digital a partir da segunda metade da década de 80, comecei por repor e comprar toda a colecção, da banda e a solo, em CD, conforme ia aparecendo no mercado ia comprando até que completei toda a colecção no formato CD, mas os CCR para além de marcar a minha adolescência, também têm passagem por alguns factos históricos na minha vida, um deles aconteceu por volta de 1975, em pleno fervilhão da Revolução do 25 de Abril, nesse tempo não havia Discotecas, apenas bailes organizados pelos amigos, e foi em um desses bailes que tiveram lugar numa garagem na casa de um amigo nosso, na Rua da Levada de Santa Luzia - Funchal, que foi invadida por militantes da UDP (hoje BE) armados de bastões, e começaram a "lavar" em cima de quem estava lá, sem poupar ninguém, a justificação para tão selvático acto foi que estávamos a tocar musica subversiva Norte-Americana, que por acaso o que estava a tocar eram os Creedence Clearwater Revival, quando na época um democrata só podia ouvir José (Zeca) Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Samuel, Fausto, Sérgio Godinho etc. etc. etc., Na ocasião dos factos ocorridos eu não estava no recinto (garagem) onde estava a decorrer o baile, tinha saído uns momentos antes para ir à mercearia para comprar alguns refrigerantes e alguma coisa para comer, quando estava na mercearia de facto vi passar o grupo de rufias da UDP de bastões no ar a gritar "A luta, a luta continua, fascistas para rua, imperialismo americano esta ilha não é tua" e "O povo unido jamais será vencido", quando cheguei junto à garagem onde supostamente decorria o baile, o que encontrei foi um grande caos, 2 ambulâncias e 2 carros da policia, e feridos por todo o lado, nunca ninguém foi preso, nunca ninguém foi chamado a responsabilidades, pelos vistos naquela época, a invasão de propriedade privada e agredir os cidadãos era um acto muitíssimo democrático !