terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

SAUL ZAENTZ & FANTASY RECORDS : O PONTO DE VISTA ACERCA DOS CCR

Não compreendo o John Fogerty, sempre estive disposto a ajudá-lo, quando com um grupo de investidores comprei a Fantasy Records a banda dele chamava-se The Golliwogs e não vendiam nada, salvo umas coisinhas a nível regional, que mal dava para cobrir as despesas. Sugeri que eles mudassem o nome da banda e mudassem de estilo musical, eles seguiram o meu conselho e mudaram o nome para Creedence Clearwater Revival e criaram o seu próprio estilo musical, de repente chegaram ao sucesso inesperado e assim se mantiveram de 1968 a 1971, por esta altura, no auge do sucesso, virou-se contra mim e contra os seus parceiros de banda, desrespeitando algumas clásulas de contrato que tinha assinado com a Fantasy Records, no final ainda ficou a dever à editora 8 albuns e 16 possíveis singles a ser extraídos desses 8 albuns previstos e em falta.
No caso dos direitos de autor, que ele tanto fala, numa certa altura, ele acordou vender à Fantasy Records os direitos de autor, acho que ele queria fazer investimentos imobiliários, foi nessa altura que comprou  um rancho e montou alguns negócios paralelos, ele diz que a venda dos direitos autorais à Fantasy Records eram válidos por cinco anos, mas isso existe ? !!! ...

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - WALK ON THE WATER / THE GOLLIWOGS - WALKING ON THE WATER

                                            CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL
                                                                THE GOLLIWOGS
Este video é um dos casos interessantes e curiosos pelas voltas que uma banda e uma musica dão, mudando parcialmente o titulo da música "Walking On The Water" de 1966 para "Walk On The Water" em 1968, e também mudando o nome da banda "The Golliwogs" para "Creedence Clearwater Revival" mas os elementos integrantes da banda são exactamente os mesmos. A única diferença é que ambas as versões são diferentes e distintas uma da outra. A versão original dos The Golliwogs é mais ao estilo psicadélico, enquanto a versão dos Creedence Clearwater Revival é muito mais roqueira com umas nuances de bateria que faz lembrar uma banda militar, influência trazida do exército, por onde tinham passado pouco tempo antes a cumprir o serviço militar obrigatório, estava-se em plena época da guerra no Vietnam.
A diferença entre ambas as versões deste tema original assinado em dupla por Tom Fogerty e John Fogerty é abismal, mas igualmente boas, dependendo do gôsto pessoal de cada um !
Existe ainda outro caso semelhante a este, com o tema "Porterville", que o original é dos The Golliwogs em 1967 e tornaram a regravar esse tema em 1968 como Creedence Clearwater Revival.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - O QUE É BOM SEMPRE RENDER !

Para os mais saudosistas da obra discográfica dos Creedence Clearwater Revival recomendo estas duas últimas compilações triplas dos Creedence Clearwater Revival, a primeira com 2 cd´s de sucessos de estudio + 1 cd com sucessos ao vivo, e a segunda reune 3 cd´s com sucessos de estudio. Deixe a opção de voçê escolher qual destas duas edições é a melhor para si, na minha opinião qualquer delas é óptima.
Os Creedence Clearwater Revival têm inumeras compilações no mercado discográfico para além destas últimas, mas as melhores compilações oficiais recomendadas são "Chronicle - The 20 Greatest Hits" de 1976, "Chronicle - Volume Two - Twenty Great CCR Classics" de 1986, "The Singles Collection" de 2009, que recomendo como opção a estas duas excelentes compilações mais recentes.
Embora as compilações recomendadas incidam quase totalmente nos temas apenas lançados em Single, estas duas novas edições revisitam alguns temas de Singles e Albuns de maior sucesso.
Esta foi uma banda, que apesar dos seus cinco anos de existência, e ter gravado sete albuns de estudio e mais dois albuns ao vivo, ao longo de 44 anos depois do seu desmembramento (separação) já rendeu à industria discográfica mais de uma centena de compilações diferentes entre si, fazendo render à editora rios de dinheiro. Esta é mais uma dessas compilações, a mais recente até à data.
Os Creedence Clearwater Revival e Elvis Presley são talvez os artistas que renderam mais compilações da sua obra discográfica. Nem os The Beatles ou The Rolling Stones conseguiram igualar tal proeza !.
Esta foi uma banda, que apesar dos seus cinco anos de existência, e ter gravado sete albuns de estudio e mais dois albuns ao vivo, ao longo de 44 anos depois do seu desmembramento (separação) já rendeu à industria discográfica mais de uma centena de compilações diferentes entre si, fazendo render à editora rios de dinheiro. Esta é mais uma dessas compilações, a mais recente até à data.
Os Creedence Clearwater Revival e Elvis Presley são talvez os artistas que renderam mais compilações da sua obra discográfica. Nem os The Beatles ou The Rolling Stones conseguiram igualar tal proeza !.
 

sábado, 10 de fevereiro de 2018

TOM FOGERTY - REUNIÃO ESPECIAL DOS CCR EM 1974

TOM FOGERTY - JOYFUL RESURECTION / GOIN´ BACK TO OKEEFE NOKEE - 1974
Em 1974 houve uma espécie de reunião dos Creedence Clearwater Revival no album Zephyr National, de Tom Fogerty, a única diferença é que Tom Fogerty é o vocalista (nos Creedence, o vocalista é o John Fogerty), de resto tudo está reunido como o Line Up dos Creedence neste album, que como tal, gravaram 3 (três) faixas das 2 (duas) faixas apresentadas neste video.
Nesta breve reunião, Tom Fogerty (guitarra ritmo e voz), John Fogerty (guitarra solo), Stu Cook (guitarra baixo) e Doug Clifford (bateria), ajudam a realizar um velho sonho de Tom Fogerty, o de ser vocalista e compositor dos Creedence Clearwater Revival, que por esta época já estavam separados (desde 1972).


TOM FOGERTY - GOODBYE MEDIA MAN - STUDIO MAKING OFF - 1971

TOM FOGERTY - GOODBYE MEDIA MAN - 1971STUDIO MAKING OFF RECORDING SESSION - FEBRUARY 1971. - FANTASY RECORDS STUDIOS BERKELEY CALIFORNIA.
Este raro é um making off das sessões de ensaio e gravação do primeiro disco, Single, a solo de Tom Fogerty, ex-guitarrista ritmo dos Creedence Clearwater Revival. No final de 1970 Tom Fogerty queria incluir esta música no álbum Pendulum dos Creedence Clearwater Revival, mas tal não foi possível devido oposição de John Fogerty que era o líder dessa banda, dois meses depois Tom Fogerty decide abandonar a banda e lançar esta musica a solo. O conteúdo da letra é um ataque subtil ao seu irmão John Fogerty, que segundo Tom Fogerty, travava o seu progresso como compositor enquanto Creedence Clearwater Revival.
Thomas Richard Fogerty - Nascido em 09 de Novembro de 1941 em Berkeley - Califórnia e Falecido a 06 de Setembro de 1990 em Scottsdale - Arizona, aos 48 anos de idade.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

JOHN FOGERTY - UM ESPÍRITO VENCEDOR !

A história dos Creedence Clearwater Revival começou a complicar-se em 1971 quando John Fogerty desconfiou (e tinha razão) que estava a ser roubado nos direitos de autor pelo presidente e principal proprietário da Fantasy Records, o então seu amigo (julgava ele) Saul Zaents. Esse período conturbado ditou o fim dos Creedence Clearwater Revival no final do verão de 1972, mas John Fogerty ainda ficou contratualmente ligado à Fantasy Records até ao verão de 1974, onde lançou desgostosamente os seus primeiros discos a solo.
Desses trabalhos a solo, o único que escapou à fúria de John Fogerty contra Saul Zaentz e vice versa, foi o album de covers country-pop-music The Blue Ridge Rangers, que continha os grandes hits "Jambalaya (On The Bayou" e "Hearts of Stone". Os restantes trabalhos originais, que apenas foram lançados em Single, mais tarde foram descartados e apagados dos arquivos da Fantasy Records, como um acto de vingança pessoal de Saul Zaentz. Esses temas em questão eram "Comin`Down The Road" e "Ricochet" de 1973 e "You Don´t Owe Me" e "Back In The Hills" estes dois últimos lançados com o pseudónimo The Blue Ridge Rangers. Estes temas só são possíveis serem encontrados através de discos pirata em CD através da internet.
Em 1975 lança pela editora Asylum Records o album "John Fogerty" muito próximo da antiga sonoridade dos Creedence, o album gera polémita editorial e de propriedade, tendo a Fantasy Records chamado a si todos os direitos contratuais de publicação. Por fim o tribunal decide que a Asylum ficava com os direitos de publicação nos Estados Unidos da América e Canadá, e a Fantasy em toda a Europa. Esta decisão prejudicou as vendas deste album que acabou estando muitos anos fora do circuito comerçial. É o mais raro album de John Fogerty.
Em 1976 John Fogerty cancela a edição do album "Hoodoo" por achar que não correspondia aos seus padrões de qualidade, após a edição prévia do Single "You Got The Magic" e "Evil Thing". As masters tanto do album como do single foram destruídas em 1979 por ordem de John Fogerty, no entanto tanto o album como o single podem ser encontrados através de edições pirata através da internet em CD captado através do disco vinyl
O iniçio da carreira a solo de John Fogerty está repleto de altos e baixos, tudo devido â persiguição movida por Saul Zaentz e Fantasy Records que apontava para um incumprimento de um contrato assinado por John Fogerty válido por mais 10 anos e que só caducava em inicios da década de 80. Este caso arrastou-se por mais de 30 anos em tribunal destruindo a carreira discográfica de John Fogerty por igual período de tempo, ficando inpedido de assinar qualquer contrato discográfico.
John Fogerty só regressaria às luzes da ribalta em 1985 com o album "Centerfield", mas isso já são contas de um outro rosário.

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL (1968-1972) - BREVE SÍNTESE.

Durante alguns anos li e ouvi críticas especializadas, inclusive de um meu cunhado que era jornalista, afirmando que os Creedence Clearwater Revival eram uma banda de consumo imediato e muito comercial. Alguns até diziam que eram uma banda muito primária. Esta última afirmação é um completo disparate. Por outro lado eu pergunto; Qual e a banda ou artista a solo, de sucesso, que não é comercial ??? !!! ... As editoras discográficas evitam ao máximo as bandas e artistas a solo que não são comerciais e que só deixam um rasto de prejuízo no elevado investimento que fazem para gravar e comercializar a obra desses artistas.
Esta banda antes de chegar a ficar conhecida como Creedence Clearwater Revival (1968-1972), teve anteriormente outras designações, tais como, The Blue Velvets (1959-1960), Tommy Fogerty And The Blue Velvets (1961-1962), The Visions (1963) e The Golliwogs (1964-1967) e praticavam um género de música muito próxima do estilo Rock Britânico da época. Como Creedence Clearwater Revival reinventaram-se musicalmente e criaram o seu próprio estilo, Swamp-Rock & Country.
Os Creedence Clearwater Revival, são um verdadeiro fenómeno que 45 anos depois de terem se separado continuam a vender centenas de milhar de discos em todo o mundo. Os lucros obtidos com a obra discográfica dos Creedence Clearwater Revival permitiram que a Fantasy Records passasse de pequena editora para grande editora independente, até ser vendida em 2004 à gigante Concord Music.