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segunda-feira, 30 de março de 2020

UMA DAS MELHORES BANDAS DE SEMPRE !

O meu primeiro contacto com a música dos Creedence Clearwater Revival foi por volta de 1971, um ano antes da sua separação, por intermédio de um vizinho (Virgilio Teixeira) que era grande fan desta banda. Daí para cá também tornei-me fan dessa banda, apesar de se terem separado em 1972, mas já estavam reduzidos a um trio desde 1971, e acabei por obter a discografia completa conforme ia sendo reposta no mercado discográfico internacional. A partir de 1973 comecei  a dar atenção aos trabalhos a solo dos ex-integrantes dos CCR, nomeadamente de John Fogerty e também de Tom Fogerty, conseguindo reunir toda a sua discografia oficial e paralela até aos dias actuais. Em 49 anos passados esta continua a ser a minha banda preferida, assim como os trabalhos a solo de John Fogerty e de Tom Fogerty continuam nas minhas preferencias absolutas musicalmente.
Paralelamente também fiz uma pequena coleção de DVD´S acerca desta banda, alguns melhores que outros, mas tenho um acervo interessante de DVD´S dos CCR e John Fogerty a solo. Só lamento nunca ter encontrado nenhum DVD de Tom Fogerty, acho que nunca se chegou a fabricar, apenas existem cenas dispersas na internet (Youtube) mas desconheço se existe algum DVD apenas dedicado a ele e nunca encontrei no merado internacional. Também a discografia a solo do Tom Fogerty não é nada fácil de encontrar, no meu caso encontrei-os na alemanha quando foram especialmente editados lá numa tiragem limitada reduzida a poucos exemplares e a preços altissimos.

A discografia dos Creedence Clearwater Revival não é difícil de encontrar à venda em várias lojas online na internet. Também algumas compilações de sucesso ainda são fáceis de encontrar nessas lojas.
A discografia de John Fogerty a solo é mais díficil de encontrar disponível nas lojas online, visto ele ter gravado para várias editoras depois do período CCR, mesmo assim muitos dos seus albuns continuam disponíveis à venda nas lojas online internacionais. Mesmo assim reunir tudo é uma tarefa árdua e quase impossível, visto que ele gravou alguns originais e covers em albuns diversos de outros artistas seus amigos. Uma prática que já faz muitos anos em sua carreira.
O mais difíceis são os albuns da discografia de Tom Fogerty que andam esgotados há vários anos na editora, que parece ter pouco interesse na sua reedição, mas existe a possibilidade de encontra-los no chamado mercado negro a preços praticados e considerados exorbitantes.


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

SAUL ZAENTZ & FANTASY RECORDS : O PONTO DE VISTA ACERCA DOS CCR

Não compreendo o John Fogerty, sempre estive disposto a ajudá-lo, quando com um grupo de investidores comprei a Fantasy Records a banda dele chamava-se The Golliwogs e não vendiam nada, salvo umas coisinhas a nível regional, que mal dava para cobrir as despesas. Sugeri que eles mudassem o nome da banda e mudassem de estilo musical, eles seguiram o meu conselho e mudaram o nome para Creedence Clearwater Revival e criaram o seu próprio estilo musical, de repente chegaram ao sucesso inesperado e assim se mantiveram de 1968 a 1971, por esta altura, no auge do sucesso, virou-se contra mim e contra os seus parceiros de banda, desrespeitando algumas clásulas de contrato que tinha assinado com a Fantasy Records, no final ainda ficou a dever à editora 8 albuns e 16 possíveis singles a ser extraídos desses 8 albuns previstos e em falta.
No caso dos direitos de autor, que ele tanto fala, numa certa altura, ele acordou vender à Fantasy Records os direitos de autor, acho que ele queria fazer investimentos imobiliários, foi nessa altura que comprou  um rancho e montou alguns negócios paralelos, ele diz que a venda dos direitos autorais à Fantasy Records eram válidos por cinco anos, mas isso existe ? !!! ...

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - WALK ON THE WATER / THE GOLLIWOGS - WALKING ON THE WATER

                                            CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL
                                                                THE GOLLIWOGS
Este video é um dos casos interessantes e curiosos pelas voltas que uma banda e uma musica dão, mudando parcialmente o titulo da música "Walking On The Water" de 1966 para "Walk On The Water" em 1968, e também mudando o nome da banda "The Golliwogs" para "Creedence Clearwater Revival" mas os elementos integrantes da banda são exactamente os mesmos. A única diferença é que ambas as versões são diferentes e distintas uma da outra. A versão original dos The Golliwogs é mais ao estilo psicadélico, enquanto a versão dos Creedence Clearwater Revival é muito mais roqueira com umas nuances de bateria que faz lembrar uma banda militar, influência trazida do exército, por onde tinham passado pouco tempo antes a cumprir o serviço militar obrigatório, estava-se em plena época da guerra no Vietnam.
A diferença entre ambas as versões deste tema original assinado em dupla por Tom Fogerty e John Fogerty é abismal, mas igualmente boas, dependendo do gôsto pessoal de cada um !
Existe ainda outro caso semelhante a este, com o tema "Porterville", que o original é dos The Golliwogs em 1967 e tornaram a regravar esse tema em 1968 como Creedence Clearwater Revival.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - O QUE É BOM SEMPRE RENDER !

Para os mais saudosistas da obra discográfica dos Creedence Clearwater Revival recomendo estas duas últimas compilações triplas dos Creedence Clearwater Revival, a primeira com 2 cd´s de sucessos de estudio + 1 cd com sucessos ao vivo, e a segunda reune 3 cd´s com sucessos de estudio. Deixe a opção de voçê escolher qual destas duas edições é a melhor para si, na minha opinião qualquer delas é óptima.
Os Creedence Clearwater Revival têm inumeras compilações no mercado discográfico para além destas últimas, mas as melhores compilações oficiais recomendadas são "Chronicle - The 20 Greatest Hits" de 1976, "Chronicle - Volume Two - Twenty Great CCR Classics" de 1986, "The Singles Collection" de 2009, que recomendo como opção a estas duas excelentes compilações mais recentes.
Embora as compilações recomendadas incidam quase totalmente nos temas apenas lançados em Single, estas duas novas edições revisitam alguns temas de Singles e Albuns de maior sucesso.
Esta foi uma banda, que apesar dos seus cinco anos de existência, e ter gravado sete albuns de estudio e mais dois albuns ao vivo, ao longo de 44 anos depois do seu desmembramento (separação) já rendeu à industria discográfica mais de uma centena de compilações diferentes entre si, fazendo render à editora rios de dinheiro. Esta é mais uma dessas compilações, a mais recente até à data.
Os Creedence Clearwater Revival e Elvis Presley são talvez os artistas que renderam mais compilações da sua obra discográfica. Nem os The Beatles ou The Rolling Stones conseguiram igualar tal proeza !.
Esta foi uma banda, que apesar dos seus cinco anos de existência, e ter gravado sete albuns de estudio e mais dois albuns ao vivo, ao longo de 44 anos depois do seu desmembramento (separação) já rendeu à industria discográfica mais de uma centena de compilações diferentes entre si, fazendo render à editora rios de dinheiro. Esta é mais uma dessas compilações, a mais recente até à data.
Os Creedence Clearwater Revival e Elvis Presley são talvez os artistas que renderam mais compilações da sua obra discográfica. Nem os The Beatles ou The Rolling Stones conseguiram igualar tal proeza !.
 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL (1968-1972) - BREVE SÍNTESE.

Durante alguns anos li e ouvi críticas especializadas, inclusive de um meu cunhado que era jornalista, afirmando que os Creedence Clearwater Revival eram uma banda de consumo imediato e muito comercial. Alguns até diziam que eram uma banda muito primária. Esta última afirmação é um completo disparate. Por outro lado eu pergunto; Qual e a banda ou artista a solo, de sucesso, que não é comercial ??? !!! ... As editoras discográficas evitam ao máximo as bandas e artistas a solo que não são comerciais e que só deixam um rasto de prejuízo no elevado investimento que fazem para gravar e comercializar a obra desses artistas.
Esta banda antes de chegar a ficar conhecida como Creedence Clearwater Revival (1968-1972), teve anteriormente outras designações, tais como, The Blue Velvets (1959-1960), Tommy Fogerty And The Blue Velvets (1961-1962), The Visions (1963) e The Golliwogs (1964-1967) e praticavam um género de música muito próxima do estilo Rock Britânico da época. Como Creedence Clearwater Revival reinventaram-se musicalmente e criaram o seu próprio estilo, Swamp-Rock & Country.
Os Creedence Clearwater Revival, são um verdadeiro fenómeno que 45 anos depois de terem se separado continuam a vender centenas de milhar de discos em todo o mundo. Os lucros obtidos com a obra discográfica dos Creedence Clearwater Revival permitiram que a Fantasy Records passasse de pequena editora para grande editora independente, até ser vendida em 2004 à gigante Concord Music.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

RANN WILD E TOBY GREEN


Os irmãos Fogerty enquanto The Golliwogs entre 1964 a 1966 formavam uma dupla de compositores designada com o pseudónimo Rann Wild e Toby Green. Enquanto dupla Rann Wild era Tom Fogerty e Toby Green era John Fogerty. A dupla enquanto compositores foi desfeita em 1967 quando John Fogerty decidiu escrever e compor sozinho primeiro usando o pseudónimo T. Spicebush Swallowtail em 1967 e depois com o nome próprio em 1968. Os The Golliwogs em janeiro de 1968 transformam-se nos Creedence Clearwater Revival sem alterar a sua formação.

                 RANN WILD (TOM FOGERTY) E TOBY GREEN (JOHN FOGERTY)

terça-feira, 14 de julho de 2015

SWEET HITCH-HIKER : PEDINDO UMA CARONA AOS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

SWEET HITCH-HIKER foi o décimo primeiro single dos Creedence Clearwater Revival e o primeiro com a banda já reduzida a trio.
Começou a ser gravado em Fevereiro de 1971 logo após a saída de Tom Fogerty para seguir carreira a solo, o single foi lançado em Julho de 1971 e foi o último disco de ouro no formato single alcançado por esta banda.
SWEET HITCH-HIKER trazia no lado B o tema "Door To Door" de Stu Cook que foi ignorado pelos media, mas devido ao tema principal "Sweet Hitch-Hiker" o single ocupou a 6ª posição na tabela do Top 100 da tabela norte-americana, na europa chegou à 3ª posição.
SWEET HITCH-HIKER da autoria de John Fogerty foi o último grande sucesso dos Creedence Clearwater Revival a passear nas tabelas das charts norte-americanas.
SWEET HITCH-HIKER, assim como "Door To Door" mais tarde foram incluídas no alinhamento do album "MARDI GRAS" lançado em Abril de 1972 que apesar de ter sido recebido com muito más criticas super negativas conseguiu vender 1 milhão de exemplares e conquistar 1 disco de ouro.
Do album "MARDI GRAS" foi extraído o single "Someday Never Comes" que chegou à 25ª posição do Top 100 da tabela norte-americana, mas uma semana depois saiu definitivamente do Top era o primeiro desastre comercial de uma banda acostumada a ocupar os lugares cimeiros dos Tops e que entre 1969 a 1970 foi considerada a melhor banda dos Estados Unidos com seus imbatíveis sucessos.
O single "Someday Never Comes" da autoria de John Fogerty trazia no lado B o tema "Tearin´Up The Country" de Doug Clifford, mas foi completamente ignorado pelos media.
Os ex-elementos dos CCR, Doug Clifford e Stu Cook acusam John Fogerty de ter sabotado deliberadamente o album MARDI GRAS.
                        Sweet Hitch-Hiker, ou seja, Doce Carona, vocês estão de acordo ?
Quando o single "Sweet Hitch-Hiker" foi lançado em 1971 tudo parecia correr bem em matéria de popularidade e sucesso, mas essa carona (boleia) dos Creedence Clearwater Revival a partir daí foi sol de pouca dura, a sua popularidade parecia desfazer-se, a criatividade diluindo-se e o sucesso estava a tornar-se uma sombra negra em relação a tudo aquilo que já tinham sido no passado, o que os levou inevitavelmente à sua separação em Julho de 1972.
Alguns anos depois da sua separação veio o reconhecimento público que os elevou como uma das maiores bandas da história da musica, foram homenageados no Hall of Fame em 1997 e continuam a vender milhões de discos à volta do mundo.
                          Uma Doce Carona (Boleia) para rebentar corações palpitantes
                                      Uma carona, ou boleia, para testar o cano escape.

quinta-feira, 12 de março de 2015

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL HOMENAGEADOS NO HALL OF FAME EM 1993

DOUG CLIFFORD, JOHN FOGERTY, JEFF FOGERTY (em representação de TOM FOGERTY falecido em 1990) e STU COOK, galardoados no HALL OF FAME em 1993

Os Creedence Clearwater Revival foram galardoados postumamente no Hall of Fame em 1993 como reconhecimento pela sua grande contribuição para o cancioneiro norte-americano e pelo valor inegável do seu talento.

No entanto esta homenagem ficou marcada por um triste incidente quando John Fogerty se recusou tocar as musicas da antiga banda junto com os seus ex-companheiros.

Quando Doug Clifford, Stu Cook e Jeff Fogerty, filho de Tom Fogerty, entretanto já falecido, se preparavam para entrar em palco para actuarem juntos, John Fogerty recusou-se a tocar com eles, preferindo tocar com Bruce Springsteen e alguns outros amigos, até hoje Doug Clifford e Stu Cook não se recuperaram dessa humilhação em público.

Em 1995 Stu Cook e Doug Clifford, com o apoio de Patricia Fogerty (viúva de Tom Fogerty) criam a empresa Poor Boy Productions Inc e através desta formam a banda Creedence Clearwater Revisited que funciona como uma forma de retaliação contra John Fogerty.




O que eles disseram :

"Sofremos uma grande humilhação, John Fogerty deu provas públicas do grande porco que é !"
                                                                                        Stu Cook

"Fomos expostos a uma grande humilhação pública sem aviso prévio por parte de John Fogerty, será muito difícil um dia perdoar este tipo de atitude"

                                                                                         Doug Clifford

"Estou muito desiludido e revoltado com esta atitude do meu tio John"

                                                                                         Jeff Fogerty

"Nunca mais voltarei a tocar com cobras rastejantes" 

                                                                                          John Fogerty





segunda-feira, 9 de março de 2015

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - OS VETERANOS DO TOP : A GRANDE MÁQUINA

Durante os seus cinco anos de actividade, 1968-1972, os Creedence Clearwater Revival foram considerados os veteranos do Top, excepto no último ano, dos 12 discos single oficiais lançados 11 chegaram aos lugares cimeiros do Top 100 das tabelas norte-americanas.
Dos 7 albuns oficiais que lançaram,  6 deles também chegaram aos lugares cimeiros do Top 100 norte-americano, excepto o último que não se aguentou no Top.
Na europa alcançaram alguns primeiros lugares nos Tops europeus com singles e albuns e até lançaram alguns singles, extraídos de alguns dos seus albuns, com temas que nunca foram lançados em single nos Estados Unidos da America. Por exemplo "It Came Out Of Sky" e "Molina" que foram dois singles que alcançaram grande sucesso na Europa mas que nunca foram lançados como tal no mercado norte-americano.
Durante 2 anos consecutivos, entre 1969 a 1970, os Creedence Clearwater Revival foram considerados a banda mais popular da America, a grande campeã de vendas e com mais discos a circular consecutivamente nos Tops Hits das tabelas norte-americanas.
Entre 1969 a 1970 a sua popularidade estava à frente dos The Beatles e dos The Rolling Stones e durante 3 anos consecutivos dominaram o mercado discográfico norte-americano com sucesso de vendas de discos, considerados uma grande máquina de fazer dinheiro fazendo crescer a sua editora discografica Fantasy Records, de pequena editora independente para grande editora independente. No final de 1971 começa a dar sinais do principio do fim causados por grandes problemas internos entre os membros da banda e inevitavelmente o sonho como banda chega ao fim com a sua separação em Julho de 1972. Mas a grandeza do seu legado discográfico ainda continua a ser uma máquina de fazer muito dinheiro continuando a vender milhões de discos durante 40 anos depois da sua separação.

domingo, 8 de março de 2015

JOHN FOGERTY DIZ QUE O ALBUM MARDI GRAS NÃO É CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

 
   JOHN FOGERTY NÃO RECONHECE O ALBUM MARDI GRAS COMO UM ALBUM 
   DOS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

O album Mardi Gras foi o último album de estúdio dos Creedence Clearwater Revival que começou a ser gravado entre Janeiro e Março de 1972 e lançado a 11 de Abril do mesmo ano, nele está incluido o tema "Sweet Hitch-Hiker" gravado e lançado em single na primavera de 1971 com a banda já reduzida a trio.
É o primeiro e único album lançado como um trio depois de Tom Fogerty ter deixado a banda em Janeiro de 1971 para seguir carreira a solo.
Este album só traz 4 musicas de John Fogerty (3 temas originais e 1 tema cover), o resto do album é dividido entre Stu Cook e Doug Clifford com 3 temas para cada um. Isto acontece pela primeira vez em um album dos Creedence Clearwater Revival e marca o final da banda com a sua separação em Julho de 1972, três meses depois do lançamento deste album.

Russ Gary foi o engenheiro de som de todos os albuns dos Creedence Clearwater Revival, em 1996 fez esta revelação acerca deste album :

"O único trabalho que John Fogerty não se empenhou com dedicação foi o album Mardi Gras, nesse album ele só trabalhou em 4 temas nos arranjos e produção que foram as canções que estavam à responsabilidade dele, o resto do album ele jogou a responsabilidade para o Stu Cook e Doug Clifford que não tinham uma grande experiência como compositores, arranjadores e produtores, o John quis primeiro gravar a guitarra das restantes canções e depois ausentou-se do estúdio deixando o Doug e o Stu trabalhando sozinhos nessas canções que eram da responsabilidade deles. Eu tive de dar-lhes uma ajuda como assistente a orientar os trabalhos de estúdio, o John não compareceu para finalizar os trabalhos porque a parte dele já estava pronta, só reapareceu para fazer as misturas finais, quando o album finalmente foi editado John chegou a dizer "este album é um monte de merda", os Creedence Clearwater Revival praticamente já tinham chegado ao seu final"
                                                                                            Russ Gary - 1996

John Fogerty também menosprezou este album num comentário público em 1998 :

"Os Creedence Clearwater Revival só gravaram 6 albuns de estúdio, eu não considero o Mardi Gras como um album dos Creedence Clearwater Revival, para mim o Mardi Gras é um album a solo partilhado entre os três elementos remanescentes daquilo que foram os Creedence Clearwater Revival"
                                                                                             John Fogerty - 1998



sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - 1972 O CAPITULO FINAL

O ano de 1972 marcou o capitulo final na carreira desta banda com a edição do seu último álbum "Mardi Gras" lançado em abril de 1972.
O guitarrista ritmo (base), Tom Fogerty, tinha abandonado oficialmente a banda em fevereiro de 1971, deixando a banda reduzida a trio, que assim continuaram por quase dois anos com John Fogerty na guitarra solo e base, Stu Cook no baixo e Doug Clifford na bateria.
Com a formação reduzida lançam em 1971 o seu último grande sucesso, o single "Sweet Hitch-Hiker" atingindo a 6ª posição do nas charts do top norte-americano, e partem para a grande digressão europeia, uma exaustiva Tour que os levou a vários países da europa entre 1971 a 1972, mas também extensível à Austrália e ao Japão.
A grande digressão europeia passou pela Alemanha, França, Holanda, Suecia, Inglaterra, Espanha, Áustria e Itália, com concertos ao vivo em diversas cidades destes países.
No inicio de 1972 lançam o novo single "Someday Never Comes" que fica apenas uma semana nas charts ocupando apenas a 25ª posição do Top, uma grande desilusão para banda habituada a ocupar as posições cimeiras nas charts dos tops durante várias semanas, e agora vê-se mal se aguentando uma semana numa posição muito inferior às anteriormente conseguidas, e logo de seguida desaparecento da tabela tão rapidamente como entrou, esta foi a pior posição obtida pelos CCR nas charts dos tops norte-americanos.
O último álbum "Mardi Gras" surge em abril de 1972, a revista da especialidade Rolling Stone Magazine, considerou este o pior álbum produzido por uma grande banda de topo, claro que esta opinião não corresponde à verdade, mas ajudou para a má aceitação do álbum depois desta critica negativa, apesar de tudo o álbum vendeu mais de um milhão de exemplares e foi certificado com o galardão Disco de Ouro.
Na verdade o álbum "Mardi Gras" mal era reconhecido como "Creedence", à excepção das canções de John Fogerty, as restantes canções distanciavam-se muito dos CCR de outrora, neste álbum foi delegado a cada um dos elementos da banda a responsabilidade das suas próprias canções na composição, produção, arranjos e vocalização, o que acontecia pela primeira vez na vida desta banda desde 1968, em que John Fogerty era o único responsável por toda a parte criativa desta banda.
O álbum "Mardi Gras" conta com 4 canções de John Fogerty (sendo uma delas um cover), mais 3 canções de Stu Cook, e finalmente 3 canções de Doug Clifford, o resultado foi desastroso se tivermos em conta os padrões habituais da banda, mas isto não leva a que seja mesmo um mau álbum, é apenas um álbum bem diferente de tudo o que já tinham feito.
No final de julho de 1972 é anunciado pela editora Fantasy Records a separação oficial dos Creedence Clearwater Revival, uma decisão de John Fogerty que pretendia seguir uma carreira a solo, um ano depois da separação a editora lança o álbum "Live In Europe" editado em setembro de 1973, com alguns momentos dos concertos feitos durante a grande digressão europeia de 1971 / 1972, com este álbum encerra oficialmente toda a actividade discográfica da banda com a formação reduzida a trio, foram os derradeiros momentos finais de uma das mais queridas bandas da América, o capitulo final de uma grande banda norte-americana.

domingo, 16 de novembro de 2014

FANTASY / SAUL ZAENTZ & CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - TUDO PELO DINHEIRO

O assunto que envolvia os Creedence Clearwater Revival, Saul Zaentz e a editora discográfica Fantasy Records contra John Fogerty é bastante complexo e estima-se que a Fantasy arrecadou acima de 200 milhões de dólares em lucros de vendas de discos, licenças para utilização dessas músicas em bandas sonoras de filmes e controlo dos direitos autorais e de propriedade, que foram usurpados ao então inexperiente John Fogerty por via de uma "armadilha" contratual muito pouco clara e transparente.
No inicio Saul Zaentz foi uma espécie de mecenas que financiou a banda para comprar material e instrumentos melhores para pudessem trabalhar profissionalmente em melhores condições, acreditou e apoiou fortemente a banda, muito especialmente o jovem talentoso John Fogerty. Mas se inicialmente foi um grande mecenas para os Creedence Clearwater Revival poucos anos mais tarde tornou-se o grande carrasco e inimigo do genial John Fogerty quanto este finalmente abriu os olhos e viu que estava a ser controlado por um contrato financeiramente desastroso para ele em beneficio de Saul Zaentz e da editora Fantasy Records.
É certo que os Creedence Clearwater Revival na fase inicial foram muito ajudados pelo apoio do CEO da Fantasy Records, Saul Zaentz, que era também o proprietário maioritário dessa editora, mas ele sabia bem que tinha ali uma galinha dos ovos de ouro chamada Creedence Clearwater Revival com particular atenção no jovem John Fogerty.
O jovem e inexperiente em assuntos legais, John Fogerty, confiava muito em Saul Zaentz e com base nessa confiança assinou um contrato com a Fantasy Records que mais tarde se revelaria muito desastroso para John Fogerty.
Numa das alíneas desse contrato estipulava que a banda ficava sob controlo da Fantasy Records e que todo o material entregue ficava propriedade da editora, além da cedência dos direitos autorais pelo prazo máximo de 3 anos mediante ao pagamento de uma percentagem como compensação.
Uma outra alínea em letras miudinhas revelou-se em uma grande armadilha para John Fogerty, ela estipulava que após os 3 anos de contrato os direitos autorais passavam integralmente para a posse da Fantasy Records sem direito a qualquer pagamento de compensação.
Entre 1971 e 1972 John Fogerty tentou diversas vezes assinar um melhor contrato com a Fantasy Records, mas Saul Zaentz sempre recusou essa revisão contratual, ao não conseguir um contrato mais vantajoso para ele e para a banda, John Fogerty opta pela dissolução dos Creedence Clearwater Revival decorria o ano de 1972 quando se deu essa separação, no entanto o contrato entre a Fantasy e John Fogerty só chegava ao seu termo em 1980, por isso John Fogerty foi obrigado por via contratual a lançar os seus primeiros trabalhos a solo pela Fantasy Records enquanto travava uma grande batalha legal contra essa editora nas salas dos tribunais.
Em 1975 John Fogerty assina contrato com a Asylum Records, mas na verdade o seu contrato com a Fantasy Records ainda era válido e o assunto foi bater à barra do tribunal com a Fantasy a processar judicialmente John Fogerty e a Asylum, o assunto fica resolvido provisoriamente com Fantasy a ter os direitos de distribuição discográfica na Europa, Austrália e Japão, enquanto a Asylum fica com os direitos de distribuição na America do Norte, Canada e America do Sul (America Latina) é assim que é lançado o álbum "John Fogerty" em 1975.
Todos esses problemas legais levam John Fogerty e a editora Asylum a cancelar o álbum "Hoodoo" em 1976 e John Fogerty desaparece de cena até ao ano de 1985.
Entretanto a Asylum Records é vendida ao grupo Warner Bros, e é pela Warner Records que John Fogerty faz o seu triunfante regresso em 1985 com o álbum "Centerfield".
A batalha legal de John Fogerty contra a Fantasy Records e Saul Zaentz levou 30 anos a ser resolvida nos tribunais e foram 32 anos de luta para reaver os seus direitos relacionados com a sua obra intelectual, durante todo esse tempo viu os seus ex-companheiros de banda, Stu Cook e Doug Clifford juntamente com seu irmão Tom Fogerty, se voltarem contra ele e se colocarem ao lado de Saul Zaentz e da Fantasy Records.
Tom Fogerty, Stu Cook e Doug Clifford tinham cada um 25% dos direitos de imagem e registo da marca Creedence Clearwater Revival, John Fogerty detém os restantes 25 %, e estavam em vantagem de maioria para se colocarem ao lado de Saul Zaentz contra John Fogerty, e a Fantasy Records pagou-lhes muitíssimo dinheiro por isso.
John Fogerty deixou de falar com Stu Cook, Doug Clifford e com seu irmão Tom Fogerty por volta de 1981, mas em 1990 John Fogerty visitou Tom Fogerty no hospital pouco antes deste falecer, Tom disse "John, eu vou estar sempre do lado do Saul porque ele é o meu melhor amigo", John Fogerty tem contado este episódio em diversas entrevistas.
Diz-se que a partir de 1981 os maiores inimigos de John Fogerty foram o Stu Cook e Tom Fogerty, ainda hoje Stu Cook revela algumas atitudes de grande inimigo de John Fogerty, já Doug Clifford não gosta muito de se manifestar e até tem declarado que admirava muito John Fogerty.
Em 2004 a Fantasy Records é vendida à Concord Music Group e chega ao fim o grande calvário de John Fogerty que de acordo entre ambas as partes foi indemnizado com 2,5 milhões de dólares e viu ser restituído 50% dos direitos de autor referentes às músicas compostas por ele nos Creedence Clearwater Revival, chegava assim ao fim a maior e mais longa batalha judicial da história da música.
John Fogerty foi o compositor autor, arranjador e produtor de quase todas as músicas dos Creedence Clearwater Revival e durante cerca de 30 anos foi o que menos lucrou com isso enquanto os seus ex-parceiros de banda recebiam rios de dinheiro da Fantasy Records por terem participado apenas como músicos na obra intelectual musical de John Fogerty.

Uma história verídica de amizades desfeitas e traições, tudo pela ganância do dinheiro.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - AS 20 MELHORES MÚSICAS !

Depois de me ter sido lançado o desafio de escolher, na minha opinião, quais seriam as 25 músicas inesquecíveis dos Creedence Clearwater Revival, é-me lançado um outro desafio, desta vez para escolher quais são as 20 melhores músicas desta banda, seguindo a minha opinião, as melhores músicas da banda nem foram as que andaram nos Tops, quem conhece o obra discográfica desta banda sabe muito bem disso, portanto a lista abaixo descreve os melhores temas gravados por esta banda.
AS 20 MELHORES MÚSICAS DOS CCR
01 * 1970 - Ramble Tamble * 7:11 duração
02 * 1970 - I Heard It Through The Grapevine * 11:06 duração
03 * 1970 - Pagan Baby * 6:25 duração
04 * 1969 * Effegy * 6:31 duração
05 * 1969 * Keep On Chooglin`* 7:40 duração
06 * 1968 * Suzie Q * 8:36 minutos duração
07 * 1969 * Graveyard Train * 8:36 minutos duração
08 * 1969 * Feelin`Blue * 5:03 minutos duração
09 * 1968 * Walk On The Water * 4:39 minutos duração
10 * 1968 * I Put A Spell On You * 4:31 minutos duração
11 * 1969 * Born On The Bayou * 5:13 minutos duração
12 * 1970 * (Wish I Could) Hideaway * 3:53 minutos duração
13 * 1969 * TheNight Time Is The Right Time * 3:07 minutos duração
14 * 1969 * Tomstone Shadow * 3:37 minutos duração
15 * 1970 * Before You Accuse Me * 3:25 minutos duração
16 * 1969 * The Midnight Special * 4:11 minutos duração
17 * 1969 * Penthouse Pauper * 3:38 minutos duração
18 * 1970 * Born To Move * 5:39 minutos duração
19 * 1969 * Wrote A Song For Everyone * 4:57 minutos duração
20 * 1970 * Rude Awakening # 2 * 6:19 minutos duração
                    (Música Psicadélica)

domingo, 31 de agosto de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - 25 MÚSICAS INESQUECÍVEIS !

Um amigo certa vez desafiou-me a fazer uma lista das 25 músicas inesquecíveis dos Creedence Clearwater Revival.
Aceitando o desafio e pelos anos de experiência que tenho dedicado a esta banda, fiz uma selecção das 25 músicas que foram mais badaladas na sua época, todas elas tiveram um grande feedback do público, dos radialistas e entre os media em geral, ainda hoje continuam a ser muito ouvidas e muito actuais, certo que limitar a lista só a 25 temas vai de certo deixar outros grandes temas de fora, mas os que escolhi são aqueles que tiveram um forte impacto imediato junto aos media e foram eternizadas para sempre.
As 25 Canções Inesquecíveis :
01 - 1968 * Suzie Q
02 - 1968 * Walk On The Water
03 - 1969 * Born On The Bayou
04 - 1969 * Proud Mary
05 - 1969 * Green River
06 - 1969 * Commotion
07 - 1969 * Bad Moon Rising
08 - 1969 * Lodi
09 - 1969 * Fortunate Son
10 - 1969 * Down On The Corner
11 - 1969 * It Came Out Of The Sky
12 - 1969 * The Midnight Special
13 - 1970 * Travelin´Band
14 - 1970 * Who´ll Stop The Rain
15 - 1970 * Lookin´Out My Back Door
16 - 1970 * Long As I Can See The Light
17 - 1970 * Up Around The Bend
18 - 1970 * Run Through The Jungle
19 - 1970 * I Heard It Through The Grapevine
20 - 1971 * Hey Tonight
21 - 1971 * Have You Ever Seen The Rain ?
22 - 1971 * Molina
23 - 1972 * Sweet Hitch-Hiker
24 - 1972 * Someday Never Comes
25 - 1972 * Lookin´For A Reason

terça-feira, 15 de julho de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - UMA BANDA LIMPA !

Os Creedence Clearwater Revival, era considerada uma banda limpa, de facto não se lhes conhece nenhum envolvimento dos membros desta banda com as drogas e o álcool, nem mesmo depois de separados não se conhece nenhum caso nesse sentido.
Em uma época em que as drogas estavam na ordem do dia em muitas bandas e artistas solistas, o caso dos CCR foi realmente uma situação "inédita" e à parte, realmente deve ter sido uma das bandas mais limpas da sua geração.