terça-feira, 11 de novembro de 2014

JOHN FOGERTY - ONTEM E HOJE !

É muito frequente ouvir os fans dizerem que a voz de John Fogerty já não é o que era, pois bem, toda aquela potente extensão de voz da sua juventude perdeu-se com o passar dos anos e com o peso da idade, é certo que a voz envelheceu um pouco mas o timbre e o vibrato continuam lá bem intocáveis, em contrapartida John Fogerty hoje está tocando muito melhor guitarra, desde os tempos do Creedence Clearwater Revival até ao presente podemos constatar que ele evoluiu muitíssimo nessa área, e nós podemos verificar isso através dos seus concertos ao vivo, e na falta de oportunidade para isso, podemos consultar os seus dvd´s de concertos ao vivo dos últimos anos, e até discos ao vivo, para tirar provas disso.
Outro aspecto admirável é que apesar de ter atingido o estrelato mundial nunca se esqueceu das suas origens familiares oriundas da classe media trabalhadora, vive uma vida pacata, simples e reservada bem longe das grandes excentricidades que são caracteristicas nas grandes estrelas do showbiz internacional.


JOHN FOGERTY - UMA PARTE MAIS TRISTE DA HISTÓRIA DO ROCK´N`ROLL

Quando John Fogerty deu por terminado a banda Creedence Clearwater Revival em 1972, a editora Fantasy Records e seu presidente executivo Saul Zaents, não deram por terminado o seu contrato com a editora e exigiram-lhe o cumprimento do contrato mesmo em carreira a solo.
John Fogerty era o grande responsável do contrato dos Creedence Clearwater Revival com a Fantasy Records, embora cada um dos elementos tivessem 25% de cota no registo do nome da banda, John Fogerty estava preso ao contrato pela sua genialidade e a editora sabia disso e não queria abrir mão dele.
John Fogerty era obrigado contratualmente a entregar à Fantasy Records 24 músicas por ano, tudo correu bem entre 1968 a 1970, mas em Fevereiro de 1971 é anunciada a saída oficial de Tom Fogerty da banda, que passa a se apresentar como um trio, nesse ano John Fogerty só entrega à editora um single "Sweet Hitch Hiker", os restantes singles que saem nesse ano, na verdade, tinham sido entregues no ano anterior.
Depois da separação dos Creedence Clearwater Revival, e editora Fantasy Records comunica a John Fogerty que este já lhes devia cerca de 50 músicas ao abrigo contratual entre ambas as partes.
Em 1973 sem os Creedence e com muito pouca vontade de se iniciar a solo sob pressão da editora, John Fogerty para cumprir a obrigação contratual entrega à editora um álbum inteiramente composto por versões cover de grandes clássicos da música country norte-americana, que é lançado debaixo do pseudónimo "The Blue Ridge Rangers" em que se destacam os temas "Jambalaya" e "Hearts of Stone".
Ainda em 1973 lança mais um single com dois temas originais "You Don´t Owe Me" e "Back In The Hills" ainda usando o pseudónimo The Blue Ridge Rangers.
A pressão da Fantasy Records continua e John Fogerty entrega-lhes mais um single com dois temas "Comin´Down The Road" e "Ricochet", este último tema é um instrumental, mas desta vez o disco é lançado em nome próprio sem omissões.
Em 1974 John Fogerty entra em litigio judicial contra a Fantasy Records, denuncia um contrato desastroso e reclama direitos autorais que lhe tinham sido sonegados pela Fantasy Records, este litigio judicial levaria quase 30 anos a ser resolvido nas salas dos tribunais.
Em 1975 John Fogerty força a barra e assina com uma nova editora Asylum Records mas logo é processado pela Fantasy Records, em audiência o tribunal decide que a Asylum Records lançaria os futuros discos apenas nos Estados Unidos, Canada e na America Latina, e a Fantasy Records lançaria esse mesmo material na Europa, Austrália e Japão, pelo menos até o litigio ser resolvido em sentença do tribunal.
Com essa parceria forçada por ordem judicial entre ambas as editoras é lançado o álbum "John Fogerty", salvo algumas excepções, este álbum é o trabalho mais parecido com o que fazia no Creedence Clearwater Revival em toda a sua carreira a solo.
Do álbum John Fogerty são extraídos dois singles, o primeiro trazia os temas "Rockin´All Over The World" e "The Wall", e o segundo single com os temas "Almost Saturday Night" e "Sea Cruise", ambos os singles como o álbum foram prejudicados por falta de promoção editorial e mal divulgados pela Fantasy Records como uma vingançazinha contra John Fogerty devido aos factos que ocorriam, hoje em dia o álbum "John Fogerty" é considerado raro e tem preços verdadeiramente exorbitantes e fora do comum.
A música "Rockin´All Over The World" só ficou bem conhecida e obteve grande sucesso em 1977 numa versão cover feita pela banda Status Quo.
Em 1976 John Fogerty lança um novo single com dois temas "You Got The Magic" e "Evil Thing", na contracapa do single ainda se anunciava o lançamento para breve do novo álbum "Hoodoo" mas isso não chegou a se concretizar, o single foi um completo fracasso comercial e foi o pior resultado de sempre na carreira de John Fogerty por isso o novo álbum foi cancelado pela editora em comum acordo com John Fogerty, que depois desapareceria a cena musical activa durante um período de quase dez anos.
As masters-tapes do álbum "Hoodoo" foram destruídas em 1980 por ordem de John Fogerty, mas antes de serem destruídas alguém as copiou e andam a circular no mercado pirata das bootlegs como uma relíquia absoluta.
John Fogerty fez o seu grande regresso em 1985 com o fantástico álbum a solo "Centerfield", mas isso já são contas de um outro rosário.
Mesmo assim em 1985 John Fogerty foi absurdamente processado pela Fantasy Records, acusado de a música "The Old Man Down The Road", deste novo álbum, ser um plágio do tema "Run Through The Jungle" dos Creedence Clearwater Revival, da qual a Fantasy detinha os direitos autorais usurpados contratualmente a John Fogerty, esta é a primeira, e talvez única, vez em que ridiculamente um compositor é acusado e processado judicialmente por se plagiar a si próprio, mas a vingança de Saul Zaentz e da Fantasy Records não pegou, John Fogerty tocou ambas as músicas em tribunal e venceu esse processo.
O assunto entre John Fogerty e Fantasy Records só ficou resolvido em 2004 quando essa editora foi vendida à Concord Music, John Fogerty até assinou contrato com a nova Fantasy /Concord Music e lançou 3 novos álbuns por essa editora, assim chegou ao fim de uma das histórias mais tristes do mundo do rock´n´roll.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - AS 20 MELHORES MÚSICAS !

Depois de me ter sido lançado o desafio de escolher, na minha opinião, quais seriam as 25 músicas inesquecíveis dos Creedence Clearwater Revival, é-me lançado um outro desafio, desta vez para escolher quais são as 20 melhores músicas desta banda, seguindo a minha opinião, as melhores músicas da banda nem foram as que andaram nos Tops, quem conhece o obra discográfica desta banda sabe muito bem disso, portanto a lista abaixo descreve os melhores temas gravados por esta banda.
AS 20 MELHORES MÚSICAS DOS CCR
01 * 1970 - Ramble Tamble * 7:11 duração
02 * 1970 - I Heard It Through The Grapevine * 11:06 duração
03 * 1970 - Pagan Baby * 6:25 duração
04 * 1969 * Effegy * 6:31 duração
05 * 1969 * Keep On Chooglin`* 7:40 duração
06 * 1968 * Suzie Q * 8:36 minutos duração
07 * 1969 * Graveyard Train * 8:36 minutos duração
08 * 1969 * Feelin`Blue * 5:03 minutos duração
09 * 1968 * Walk On The Water * 4:39 minutos duração
10 * 1968 * I Put A Spell On You * 4:31 minutos duração
11 * 1969 * Born On The Bayou * 5:13 minutos duração
12 * 1970 * (Wish I Could) Hideaway * 3:53 minutos duração
13 * 1969 * TheNight Time Is The Right Time * 3:07 minutos duração
14 * 1969 * Tomstone Shadow * 3:37 minutos duração
15 * 1970 * Before You Accuse Me * 3:25 minutos duração
16 * 1969 * The Midnight Special * 4:11 minutos duração
17 * 1969 * Penthouse Pauper * 3:38 minutos duração
18 * 1970 * Born To Move * 5:39 minutos duração
19 * 1969 * Wrote A Song For Everyone * 4:57 minutos duração
20 * 1970 * Rude Awakening # 2 * 6:19 minutos duração
                    (Música Psicadélica)

domingo, 31 de agosto de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - 25 MÚSICAS INESQUECÍVEIS !

Um amigo certa vez desafiou-me a fazer uma lista das 25 músicas inesquecíveis dos Creedence Clearwater Revival.
Aceitando o desafio e pelos anos de experiência que tenho dedicado a esta banda, fiz uma selecção das 25 músicas que foram mais badaladas na sua época, todas elas tiveram um grande feedback do público, dos radialistas e entre os media em geral, ainda hoje continuam a ser muito ouvidas e muito actuais, certo que limitar a lista só a 25 temas vai de certo deixar outros grandes temas de fora, mas os que escolhi são aqueles que tiveram um forte impacto imediato junto aos media e foram eternizadas para sempre.
As 25 Canções Inesquecíveis :
01 - 1968 * Suzie Q
02 - 1968 * Walk On The Water
03 - 1969 * Born On The Bayou
04 - 1969 * Proud Mary
05 - 1969 * Green River
06 - 1969 * Commotion
07 - 1969 * Bad Moon Rising
08 - 1969 * Lodi
09 - 1969 * Fortunate Son
10 - 1969 * Down On The Corner
11 - 1969 * It Came Out Of The Sky
12 - 1969 * The Midnight Special
13 - 1970 * Travelin´Band
14 - 1970 * Who´ll Stop The Rain
15 - 1970 * Lookin´Out My Back Door
16 - 1970 * Long As I Can See The Light
17 - 1970 * Up Around The Bend
18 - 1970 * Run Through The Jungle
19 - 1970 * I Heard It Through The Grapevine
20 - 1971 * Hey Tonight
21 - 1971 * Have You Ever Seen The Rain ?
22 - 1971 * Molina
23 - 1972 * Sweet Hitch-Hiker
24 - 1972 * Someday Never Comes
25 - 1972 * Lookin´For A Reason

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

UM FENÓMENO CHAMADO JOHN FOGERTY

Depois da minha atenção musicalmente estar voltada para os The Beatles e The Rolling Stones, a banda californiana Creedence Clearwater Revival, liderada pelo jovem John Fogerty, passou a ser uma referência e a minha banda preferida, da qual ainda hoje sou grande fan.
Os Creedence Clearwater Revival chamaram-me a atenção porque tinham uma sonoridade completamente nova e original, era uma uma fusão entre o rock, o country e o blues, vestidos com excelentes arranjos musicais e vocalizados pela potente voz "negra" de John Fogerty.
Infelizmente os Creedence Clearwater Revival só tiveram cinco (5) anos de actividade, entre 1968 a 1972 ano da sua separação, mas antes de se tornarem famosos a banda já contava com dez (10) anos de experiência a tocarem juntos debaixo de outras designações, tais como The Blue Velvets (1959-1960), Tommy Fogerty & The Blue Velvets (1961-1962), The Visions (1963), The Golliwogs (1964-1967), com alguns discos gravados antes de se tornarem nos Creedence Clearwater Revival.
São conhecidos os problemas de John Fogerty com a sua editora Fantasy Records, tudo começou a partir de 1970 quando John Fogerty começou a exigir à Fantasy Records a devolução dos direitos de autor que tinha cedido à editora por um período de três (3) anos, isso julgava ele, porque John Fogerty assinou um documento contrato preparado pelos advogados da editora Fantasy Records em que cedia em termo definitivo os direitos de autor à Fantasy, como John Fogerty confiava muito em Saul Zaentz, presidente da Fantasy, assinou esse contrato sem ler o conteúdo do mesmo e queimou-se.
A questão que opunha John Fogerty à Fantasy Records e a Saul Zaentz, arrastou-se nos tribunais durante 34 anos e só foi resolvida em 2004, este problema arruinou completamente a carreira a solo de John Fogerty por mais de dez (10) anos tendo praticamente ficado desaparecido da cena musical entre 1976 até 1984, tendo feito um regresso triunfante em 1985 com o album "Centerfield", mas ficando pelo caminho um album cancelado em 1976 que se chamaria "Hoodoo" e que pode ser encontrado no mercado das bootlegs.
Apesar dos problemas internos que levaram à separação dos Creedence Clearwater Revival, por decisão de John Fogerty, e de tudo o que possam pensar, esta foi uma banda bastante apoiada pela Fantasy Records e Saul Zaentz, que na fase inicial adiantou muito dinheiro para comprarem melhor material, tais como guitarras, amplificadores e mesas de som, além de outro material necessário à actividade da banda, mas também é verdade que a editora Fantasy Records cresceu de pequena editora para grande editora muito à custa do dinheiro que ganhou com os Creedence Clearwater Revival.
Para além da questão financeira, John Fogerty não terá muito que se queixar de Saul Zaentz, a banda ganhava à percentagem mais um valor extra anual, tinha um espaço para ensaios nos armazéns da editora para poderem trabalhar à vontade, foi construído em 1969 Studio D que era para uso exclusivo dos CCR e tinham toda a assistencia técnica à sua disposição.
Por outro lado Sauz Zaentz fez uma aposta no jovem John Fogerty, que mais nenhum responsável de editora discografica faria, delegou ao jovem John Fogerty, de 23 anos, sem formação e experiência no ramo, a função de produtor, arranjador e supervisionador de toda a produção musical dos CCR, que acumulava funções também de compositor em exclusividade, isso não era uma prática muito comum na década de 60 a inicios de 70, mas Saul Zaentz viu no jovem John Fogerty um grande potencial e foi uma aposta ganha.
Na questão financeira dos direitos de autor John Fogerty tinha razão, o problema é que nas décadas de 50 e 60 era prática comum os compositores venderem os direitos de autor por meio contratual, muitas editoras discográficas faziam isso, John Fogerty foi apenas mais uma vítima dessa falcatrua da industria discográfica.
Depois de um longo período negro, John Fogerty conseguiu fazer um regresso gradual na sua carreira como solista, hoje em dia está aí de novo a disfrutar das luzes da ribalta.

terça-feira, 15 de julho de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - UMA BANDA LIMPA !

Os Creedence Clearwater Revival, era considerada uma banda limpa, de facto não se lhes conhece nenhum envolvimento dos membros desta banda com as drogas e o álcool, nem mesmo depois de separados não se conhece nenhum caso nesse sentido.
Em uma época em que as drogas estavam na ordem do dia em muitas bandas e artistas solistas, o caso dos CCR foi realmente uma situação "inédita" e à parte, realmente deve ter sido uma das bandas mais limpas da sua geração.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

JOHN FOGERTY´S VINTAGE AMPS

JOHN FOGERTY´S VINTAGE AMPS
Ainda hoje John Fogerty tem por hábito em algumas ocasiões utilizar a mesma amplificação que usava nos Creedence Clearwater Revival, especialmente quando toca em palco algumas músicas da sua antiga banda, segundo ele diz é para captar a fidelidade do som com que as mesmas foram criadas.