quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

JOHN FOGERTY - UM ESPÍRITO VENCEDOR !

A história dos Creedence Clearwater Revival começou a complicar-se em 1971 quando John Fogerty desconfiou (e tinha razão) que estava a ser roubado nos direitos de autor pelo presidente e principal proprietário da Fantasy Records, o então seu amigo (julgava ele) Saul Zaents. Esse período conturbado ditou o fim dos Creedence Clearwater Revival no final do verão de 1972, mas John Fogerty ainda ficou contratualmente ligado à Fantasy Records até ao verão de 1974, onde lançou desgostosamente os seus primeiros discos a solo.
Desses trabalhos a solo, o único que escapou à fúria de John Fogerty contra Saul Zaentz e vice versa, foi o album de covers country-pop-music The Blue Ridge Rangers, que continha os grandes hits "Jambalaya (On The Bayou" e "Hearts of Stone". Os restantes trabalhos originais, que apenas foram lançados em Single, mais tarde foram descartados e apagados dos arquivos da Fantasy Records, como um acto de vingança pessoal de Saul Zaentz. Esses temas em questão eram "Comin`Down The Road" e "Ricochet" de 1973 e "You Don´t Owe Me" e "Back In The Hills" estes dois últimos lançados com o pseudónimo The Blue Ridge Rangers. Estes temas só são possíveis serem encontrados através de discos pirata em CD através da internet.
Em 1975 lança pela editora Asylum Records o album "John Fogerty" muito próximo da antiga sonoridade dos Creedence, o album gera polémita editorial e de propriedade, tendo a Fantasy Records chamado a si todos os direitos contratuais de publicação. Por fim o tribunal decide que a Asylum ficava com os direitos de publicação nos Estados Unidos da América e Canadá, e a Fantasy em toda a Europa. Esta decisão prejudicou as vendas deste album que acabou estando muitos anos fora do circuito comerçial. É o mais raro album de John Fogerty.
Em 1976 John Fogerty cancela a edição do album "Hoodoo" por achar que não correspondia aos seus padrões de qualidade, após a edição prévia do Single "You Got The Magic" e "Evil Thing". As masters tanto do album como do single foram destruídas em 1979 por ordem de John Fogerty, no entanto tanto o album como o single podem ser encontrados através de edições pirata através da internet em CD captado através do disco vinyl
O iniçio da carreira a solo de John Fogerty está repleto de altos e baixos, tudo devido â persiguição movida por Saul Zaentz e Fantasy Records que apontava para um incumprimento de um contrato assinado por John Fogerty válido por mais 10 anos e que só caducava em inicios da década de 80. Este caso arrastou-se por mais de 30 anos em tribunal destruindo a carreira discográfica de John Fogerty por igual período de tempo, ficando inpedido de assinar qualquer contrato discográfico.
John Fogerty só regressaria às luzes da ribalta em 1985 com o album "Centerfield", mas isso já são contas de um outro rosário.

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL (1968-1972) - BREVE SÍNTESE.

Durante alguns anos li e ouvi críticas especializadas, inclusive de um meu cunhado que era jornalista, afirmando que os Creedence Clearwater Revival eram uma banda de consumo imediato e muito comercial. Alguns até diziam que eram uma banda muito primária. Esta última afirmação é um completo disparate. Por outro lado eu pergunto; Qual e a banda ou artista a solo, de sucesso, que não é comercial ??? !!! ... As editoras discográficas evitam ao máximo as bandas e artistas a solo que não são comerciais e que só deixam um rasto de prejuízo no elevado investimento que fazem para gravar e comercializar a obra desses artistas.
Esta banda antes de chegar a ficar conhecida como Creedence Clearwater Revival (1968-1972), teve anteriormente outras designações, tais como, The Blue Velvets (1959-1960), Tommy Fogerty And The Blue Velvets (1961-1962), The Visions (1963) e The Golliwogs (1964-1967) e praticavam um género de música muito próxima do estilo Rock Britânico da época. Como Creedence Clearwater Revival reinventaram-se musicalmente e criaram o seu próprio estilo, Swamp-Rock & Country.
Os Creedence Clearwater Revival, são um verdadeiro fenómeno que 45 anos depois de terem se separado continuam a vender centenas de milhar de discos em todo o mundo. Os lucros obtidos com a obra discográfica dos Creedence Clearwater Revival permitiram que a Fantasy Records passasse de pequena editora para grande editora independente, até ser vendida em 2004 à gigante Concord Music.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - LIVE AT THE ROYAL ALBERT HALL 1970

Gravação histórica deste concerto gravado ao vivo no Royal Albert Hall - London em 1970 quando a banda estava no auge do pico do seu sucesso.
Este raro video antigo completo deste concerto não está nas melhores condições de imagem, necessita de tratamento digital de imagem e som, mas é o que se encontra disponível no mercado destas raridades.
Este raro video que já conta com 47 anos é um raro documento ao vivo desta banda que apesar de extinta em 1972 ainda faz movimentar multidões de fans em todo o mundo através de vendagem de seus discos.

VERSÃO ORIGINALMENTE EMITIDA EM 1970
  

quinta-feira, 18 de maio de 2017

JOHN FOGERTY ESTÁ DE REGRESSO AOS DISCOS

É apenas uma única música mas marca o regresso de John Fogerty aos discos de originais de estúdio, desta vez é um novo dueto com Brad Paisley com o tema "Love And War" que marca o regresso de John Fogerty aos discos.
Este tema lançado em single, também está incluído no mais recente álbum de Brad Paisley, intitulado "Love and War" lançado em 2017 e que também inclui um dueto com Mick Jagger (vocalista dos The Rolling Stones).
John Fogerty, a antiga força motriz dos Creedence Clearwater Revival, aos 73 anos continua a demonstrar que ainda tem a dar muito ao Rock´N´Roll.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

MERRY CHRISTMAS WITH JOHN FOGERTY

JOHN FOGERTY AND HIS FAMILY WISHES TO YOU A WONDERFUL CHRISTMAS AND A HAPPY NEW YEAR.


JOHN FOGERTY E SUA FAMILIA DESEJA-VOS UM MARAVILHOSO NATAL E UM MUITO FELIZ ANO NOVO.
JOHN FOGERTY - ROCKIN´SANTA
                                                                             

terça-feira, 27 de setembro de 2016

POLÉMICA DOS DIREITOS DE AUTOR E PROPRIEDADE INTELECTUAL

Alguns internautas têm perguntado, via mensagem, porque é que não partilho no blogue vídeos e links para que possam fazer o download de musicas desta banda.
A explicação é muito simples, não é que eu seja egoísta, mas está em causa uma coisa chamada Direitos de Autor e quem administra isso não permite que o faça e arranja-nos uma série de problemas, como um processo judicial ou mesmo deitar abaixo (apagar) o blogue.
O assunto é polémico e às vezes abusivo, mas deixo abaixo um artigo da DECO - Direitos do Consumidor, que aborda de uma maneira bem clara este assunto. Mas pode pesquisar no Youtube que tem hospedados diversos vídeos desta banda e também da carreira a solo de seus integrantes.
PONTO 1 DO ARTº 72 DO C.D.A.
Os direitos reconhecidos ao autor não tolhem aos poderes constituídos a faculdade de permitir, restringir ou proibir nos termos legais a circulação, a representação ou a exposição de qualquer obra quando o interesse público o exigir.

DIREITOS DE AUTOR NA NET : CONSUMIDOR NÃO É PIRATA ...A justa remuneração do autor e editor é incontestável. Mas quando levamos para casa uma obra ou aparelho de reprodução, já pagamos o direito às cópias privadas.

Direito à cópia privada limitado

  • Os direitos de autor servem para proteger obras científicas, literárias e artísticas. Abrangem livros, música, filmes, programas informáticos e fotos. A protecção vai até 70 anos após a morte do autor. Destina-se a evitar que terceiros se apropriem da obra e façam um uso comercial indevido, entre outros. Já os direitos conexos estão relacionados com a difusão criativa. A gravação em disco ou a representação são exemplos. A protecção dura 50 anos, mas discute-se o prolongamento até aos 70.
  • As novas tecnologias da informação trouxeram a ideia de que não há limites para a reprodução. Autores, editores e produtores contra-atacam com medidas restritivas, que põem em causa o direito à cópia privada. Proteger a produção cultural é um sinal de civilização. Mas não vale tudo na defesa dos interesses das indústrias. Os consumidores têm direito à cópia, que pagam de cada vez que compram um livro, disco ou aparelho de reprodução. Por cada aparelho de reprodução ou livro, 3% do preço antes do IVA destinam-se a compensar autores, editores e produtores por eventuais cópias. Para cassetes, CD e DVD, varia entre 0,14 e 1 euro.

Protecção na Net
  • Quem tira uma foto ou escreve um texto e o apresenta na Net não é diferente de quem publica, por exemplo, em livro. Espera reconhecimento e pode impedir os abusos de terceiros.
  • Os direitos de autor incluem os direitos morais. Haja ou não rendimentos, o autor pode reivindicar a paternidade da obra e, inclusive, fazer um registo junto da Inspecção-Geral das Actividades Culturais. Os sítios ou blogues com notícias, comentários ou fóruns de discussão não são abrangidos pelos direitos de autor.
  • Toda a obra pode ser reproduzida, desde que o autor consinta. Quem tem um sítio ou blogue e pretende publicar conteúdos de terceiros deve certificar-se de que respeita os direitos de autor.
  • Algumas situações não precisam de autorização. Exemplo: os estudantes estão dispensados quando precisam de inserir resumos de obras alheias nos seus trabalhos. Outra possibilidade é a inserção de artigos, som ou vídeo sobre temas actuais, que suscitem debate, excepto se o material for reservado.
  • Quando expiram os direitos de autor, a obra cai no domínio público. Mas, sempre que possível, a livre utilização deve trazer o nome do autor e editor, título e outros dados que identifiquem a obra.

  •  Consumidor não é pirata
    • Os crimes de usurpação e contrafacção, cometidos por quem usa ou reproduz indevidamente material alheio, estão sujeitos a prisão até 3 anos e multa entre 150 e 250 dias. Mas não é fácil punir estes comportamentos. Alguns editores e produtores visam agora a perseguição judicial dos responsáveis por servidores e plataformas de trocas. Em França, tudo indica que vai avançar a proposta de vedar a Internet a quem faça downloads ilegais após dois avisos do fornecedor de acesso.
    • A indústria concebeu formas de impedir a cópia privada ou limitar o número de audições dos ficheiros. Para fazer valer os seus direitos, o consumidor tem de contactar a Inspecção-Geral das Actividades Culturais, que lhe permite aceder à obra sem restrições. Uma solução inadmissível, que deve ser revista.
    • A DECO também não aceita que as penas sejam iguais para todos. É desproporcional equiparar quem copia a título privado com alguém que ganha fortunas de forma abusiva.
    • Além disso, privar o cidadão do livre acesso à Net, sem uma decisão judicial, é atentatório de direitos consagrados. Cada vez mais obrigações, como o pagamento de impostos, são transferidas para a Net. Penalizar severamente por downloads irregulares seria condenar muitos portugueses à exclusão. 
    • Artigo da responsabilidade da DECO PROTESTE - Defesa do Consumidor.

Ao comprar um CD ou DVD-Video, que não são baratos, já estão incluídos os direitos de autor no seu preço final, mas se paguei uma percentagem para isso, mesmo assim não me deixam fazer o livre uso, sem fins lucrativos, de um produto pelo qual paguei, por exemplo, partilhar na net um filme ou CD antigo que já está descontinuado e descatalogado no seu editor.
Sou um grande apaixonado por cinema, comprei ao longo dos anos e tento uma enorme quantidade de filmes em dvd originais (chamada edição legal), mas nos últimos dois anos pressionado pela ganância dos direitos autorais que só quer é sacar dinheiro a todo o custo mas não nos deixa usar como queremos (desde que não seja para comercializar) o produto que pagamos, então em sentido de protesto deixei de comprar dvd´s e cd´s, passei a sacar tudo da Net e tenho conseguido coisas que de outro modo não conseguiria por estarem fora da circulação. Cada Site que hospeda este material que as autoridades deitam abaixo, reabre outros cinco ou mais na Net.É tudo uma questão de tirar um tempinho para fazer uma pesquisa na net. Quem procura sempre acha.
Saiba que ao comprar um CD-R ou DVD-R para gravar musica ou filme.já está incluído ao seu valor comercial uma percentagem destinada aos Direitos de Autor. Mesmo que compre o CD-R ou DVD-R para gravar fotografias ou imagens de video suas, você paga na mesma a percentagem para Direitos de Autor, é uma medida injusta, mas não há maneira de separar essa taxa do valor comercial do produto. Qualquer aparelho de som ou de imagem que você compre também já está incluída a taxa de Direitos de Autor ao preço final do produto. O consumidor paga e nem sabe porque essa taxa nunca vem descriminada ao valor da factura porque é incluída como parte do preço real do produto.

THE MASTER VOICE / A VOZ DO DONO

quarta-feira, 18 de maio de 2016

JOHN FOGERTY - O LIVRO AUTOBIOGRÁFICO "FORTUNATE SON : MY LIFE, MY MUSIC"

JOHN FOGERTY - LIVRO AUTOBIOGRÁFICO
John Fogerty lançou em 2015 o seu livro autobiográfico "Fortunate Son - my life, my music" onde conta de uma forma pessoal as suas memórias de todo o seu percurso profissional, os problemas com a editora Fantasy Records e seu CEO Saul Zaentz, e ainda os seus problemas com os seus ex-companheiros de banda (Stu Cook e Doug Clifford) e ainda os seus problemas com o seu irmão Tom Fogerty, passando pelo facto de ter sido processado judicialmente pela Fantasy Records que o acusou mais tarde de plágio de si próprio, explicando a razão como perdeu os direitos de publisher para a Fantasy Records de quase todas as suas canções nos CCR que passaram a ser administradas pela Jondora Music, uma divisão de direitos autorais da própria Fantasy, e como as veio parcialmente a recuperar em 2004 quando a Fantasy Records foi vendida à Concord Music.
Esta é uma excelente e curiosa leitura autobiográfica de um dos nomes lendários do cancioneiro popular, na área do rock, dos Estados Unidos da América.