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sexta-feira, 26 de junho de 2015

JOHN FOGERTY - UM ÍCONE LENDÁRIO DO SWAMP ROCK

John Cameron Fogerty (Berkeley, Califórnia, 28 de maio de 1945) é um cantor, guitarrista e compositor norte-americano, fundador e ex-líder da banda de country rock Creedence Clearwater Revival. É considerado um dos maiores e mais influentes guitarristas e compositores da história do rock'n roll mundial.
John Cameron Fogerty e o seu irmão, Tom Fogerty, formaram uma banda no final dos anos 1950 que se chamava Tommy Fogerty and the Blue Velvets e em meados dos anos 1960 trocaram de nome para The Golliwogs.
Em 1968, já com o nome de Creedence Clearwater Revival, a banda editou o seu primeiro álbum que continha o grande êxito, Suzie Q.
Em 1971, devido a tensões entre ambos, Tom deixa o grupo. John tenta manter o grupo unido que ainda edita mais um álbum com o título de Mardi Gras que seria no entanto, o último.
Em 2003, a Revista Rolling Stone incluíu John Fogerty no nº 40 da sua lista dos melhores guitarristas de todos os tempos.
John Fogerty iniciou carreira solo originalmente com o nome de Blue Ridge Rangers para seu álbum de estréia1973 onde ele tocou todos os instrumentos e gravou versões de hits tais como "Jambalaya" (que entrou nos Top 40 hits). John Fogerty foi lançado em 1975. As vendas foram fracas e problemas legais atrasaram uma sequência, embora dois hits alacançaram relativo sucesso, "Rockin' All Over The World", posteriormente gravado com muito mais sucesso pelo Status Quo, e "Almost Saturday Night", posteriormente um relativo sucesso no Reino Unido gravado por Dave Edmunds. Neste período o ex-empresário do Creedence Clearwater Revival em interesse dos antigos membros, entrou com um processo contra Fogerty, acusando que suas composições em sua carreira solo soavam muito parecidas com suas composições na época do Creedence.
A carreira solo de Fogerty emergiu com força total em 1985 comCenterfield, que foi para o topo das paradas e incluiu um TOP dez hit com "The Old Man Down The Road" e a faixa título frequentemente tocada em rádios classic rocks e em jogos de baseball. Mas este álbum não saiu imune de controvérsias judiciais também; duas canções neste álbum,"Zanz Can't Dance" e "Mr. Greed" foram supostos ataques de Fogerty para com seu ex-chefe na gravadora Fantasy Records, Saul Zaentz. Quando Zaentz respondeu com um processo, Fogerty lançou uma versão revisada de "Zanz Can't Dance" (alterando o nome do personagem na música para Vanz). Outro processo afirmava que "The Old Man Down The Road" partilhava do mesmo refrão de "Run Through The Jungle" (canção de Fogerty dos tempos do Creedence). Fogerty definitivamanete ganhou a causa quando ele provou que as canções eram composições distintas. Levando seu violão para junto às testemunhas, ele tocou trechos de ambas as canções, demonstrando que muitos compositores (incluído ele mesmo) têm estilos distintos que podem fazer diferentes composições soarem parecidas para pessoas com ouvidos menos treinados para notar as diferenças.
A sequência foi Eye of the Zombie em 1986, que foi de menor sucesso.Em 1993,seu ex-grupo Creedence Clearwater Revival foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, mas Fogerty recusou tocar com seus ex-colegas, assim se vingando contra eles por terem se aliado à Fantasy Records em suas disputas judiciais. Ele se isolou até retornar em 1997 com Blue Moon Swamp.
Ele obteve muito sucesso com sua turnê em 1998 pelos Estados Unidos e Europa. Ele também lançou um álbum ao vivo desta turnê chamado Premonition.
Em 2004 John Fogerty lançou Deja Vu (All Over Again). A revista Rolling Stone escreveu: "A faixa título é uma forte crítica em relação à Guerra do Iraque como sendo outra Guerra do Vietnam, uma prepotência sem sentido do poder americano. Neste álbum, Fogerty apertou dez canções em somente 34 minutos. O disco conta, na faixa "Nobody's Here Anymore", com a participação na guitarra de Mark Knopfler, ex-Dire Straits.
Em Outubro de 2004 John Fogerty apareceu na turnê "Vote for Change", tocando em uma série de concertos pela América. Estes concertos foram organizados pela MoveOn.org com a intenção de mobilizar as pessoas para votar em John Kerrye contra George W. Bush na campanha presidencial daquele ano. Os números de Fogerty foram tocados com Bruce Springsteen and the E Street Band.
A venda da Fantasy para a Concord Records em2004 terminaram com o trigésimo ano de disputa judicial entre Fogerty e sua ex-gravadora, quando os novos donos se propuseram a pagar os direitos dos royalties que Fogerty tinha aberto mão para poder sair de seu contrato com a Fantasy em meados dos anos 1970. Em Setembro de 2005, Fogerty retornou à Fantasy Records. O primeiro álbum lançado em novo contrato com a Fantasy contract foi The Long Road Home, uma compilação em CD combinando seus sucessos com o Creedence, hits com seu material em carreira que foi lançado em November 1, 2005. Em 2007 foi lançado o álbum Revival na qual lembra os tempos do Creedence, destaques para "Don't You Wish It Was True, Gunslinger e Long Dark Night". Em 2009 lançou o álbum "The Blue Ridge Rangers: Rides Again ",trazendo como destaque as faixas:"I'll be There","Change in the Weather" (única composição sua no disco) e "When Will I Be Loved".
CURIOSIDADES :
O nome da banda foi criado por John: "Creedence" era o nome de um amigo de John e seu irmão, chamado "Creedence Nuball", e Clearwater é a cerveja preferida de John.John moveu um processo contra Stu Cook e Doug Clifford após ambos montarem a banda Creedence Clearwater Revisited, alegando plágio. Isso fez com que Stu e Doug tivessem que trocar o nome da banda para "Cosmo's Factory". Porém, as cortes julgaram o processo em favor dos dois, e o nome original foi restabelecidoApós o fim do Creedence em 1972, John declarou que nunca mais tocaria os sucessos da banda em um show solo; esse hiato durou até 1985, quando Bob Dylan e o ex-beatle George Harrison, grandes amigos seus, convenceram-no de que ele deveria tocar seus antigos sucessos novamente para o público. Harrison lhe disse que "se você não fizer, todos vão pensar que "Proud Mary" é uma música da Tina Turner".Quando John Fogerty processou a gravadora Fantasy Records para disputar os direitos autorais das músicas do Creedence, seu irmão, Tom, ex-guitarrista da banda, tomou partido a favor da gravadora. John declarou em uma entrevista que este foi um dos momentos "mais negros de sua vida". Por essa razão, os dois nunca mais se falaram, e estavam brigados à época da morte de Tom, em 1990.

sábado, 20 de junho de 2015

JOHN FOGERTY - O INICIO CONTURBADO DA CARREIRA A SOLO

                                                         JOHN FOGERTY EM 1975

Depois da separação dos Creedence Clearwater Revival em 1972, a carreira a solo de John Fogerty iniciada em 1973 foi muitissimo conturbada. A sua relação com a editora Fantasy Records estava irremediavelmente comprometida devido à crescente desonestidade contratual do seu chairman Saul Zaentz que detinha os direitos de publisher das composições da autoria de John Fogerty.

Por volta de 1973 John Fogerty manifestava o seu interesse em livrar-se da Fantasy Records por esta recusar-se renegociar um contrato melhor. Por sua vez a Fantasy Records não se mostrava disposta a libertar John Fogerty do contrato existente entre ambas as partes declarando que John Fogerty ao abrigo desse contrato ainda lhes devia no minimo oito (8) albuns de estudio.

Debaixo da pressão exercida pela editora Fantasy Records, John Fogerty edita em 1973 um album com o pseudónimo The Blue Ridge Rangers como forma de se distânciar dos Creedence Clearwater Revival. Neste album John Fogerty recusa incluir qualquer tema original, é um album apenas preenchido por temas cover de clássicos da musica country, um motivo que muito desagradou a Fantasy Records que lançou um ultimato a John Fogerty; o próximo album (que nunca viria acontecer) teria de incluir temas originais. As vendas do album The Blue Ridge Rangers também foram modestas se fizermos comparação às vendas dos albuns dos Creedence Clearwater Revival.

Ainda em 1973 debaixo da pressão contínua da Fantasy Records, John Fogerty grava ainda com pseudónimo The Blue Ridge Rangers um single desta vez com dois temas originais de sua autoria "You Don´t Owe Me" e "Back In The Hills" e poucos meses depois lança já em nome próprio um novo single com os temas originais "Comin´Down The Road" e "Ricochet", estes dois singles tiveram como resultado vendas muito magras e foram um grande fracasso nos Estados Unidos da America.

No single "Comin´Down The Road" John Fogerty fez uma mistura bastante metálica, foi um facto propositado, a Fantasy Records em retaliação fez uma prensagem do disco bastante ruim, a música era (é) boa, mas a audição da má prensagem com a sonoridade metálica ficou bastante horrivel.

Os singles "You Don´t Owe Me" e "Comin´Down The Road" marcaram o fim dos trabalhos de John Fogerty para a Fantasy Records mas esta editora em 1975, por uma imposição legal a favor desta, ainda viria a lançar sómente nos Estados Unidos da America mais três (3) singles "Rockin´All Over The World" e "The Wall", logo a seguir "Almost Saturday Night" e "Sea Cruise" e por último "You Got The Magic" e "Evil Thing" que tiveram como resultado o fracasso comercial devido as fracas vendas nos Estados Unidos da America.

Devido ao fracasso comercial destes singles a Fantasy Records boicotou a sua continuidade e descatalogou esses singles do seu acervo comercial que até hoje ainda não viram a sua edição em formato digital (CD) mesmo que seja apenas em alguma compilação. Apenas podemos encontrar esses "singles" ripados directamente do disco vinil para o digital em algumas bootlegs piratas existentes no mercado, com excepção dos temas "Rockin´All Over The World", "The Wall", "Almost Saturday Night" e "Sea Cruise" que estão incluídas no album "John Fogerty" lançado em 1975 que se tornou um album de culto por ser raro embora já tenha sido editado em CD.

Apesar de todos esses singles a solo de John Fogerty terem sido grandes fracassos de vendas nos Estados Unidos e Canada, alguns deles foram sucessos moderados na Europa e atingindo um numero de vendas satisfatório.

Em matéria de albuns depois do "The Blue Ridge Rangers" só em 1975 é que lança o album "John Fogerty" que apesar de ser um bom album e o que mais se aproximou ao que já tinha sido feito nos Creedence Clearwater Revival não obteve bons resultados comerciais nos Estados Unidos da America devido às fracas vendas. Este fracasso deveu-se as disputas entre as editoras Fantasy Records e a Asylum Records com quem John Fogerty tinha entretanto assinado um novo contrato. As disputas foram resolvidas nos tribunais, a Fantasy ficou com os direitos de lançar o album nos Estados Unidos, Canada, Austrália, Japão e Argentina, por sua vez a Asylum Records ficou com os direitos de distribuição na Europa e em alguns países da America Latina e Ásia. Tudo isto prejudicou a distribuição do album que acabou por ficar cerca de 20 anos descatalogado nas editoras. Mais recentemente o album finalmente voltou a ser reeditado em Cd licenciado à Fantasy Records mas só na Alemanha, Holanda, Austrália, Japão e Argentina, nos outros países poderá obter este album via importação através das lojas online como a Amazon ou outras semelhantes.

Finalmente em 1976 John Fogerty preparava-se para lançar o album "Hoodoo" que até chegou a ser prensado algumas cópias promocionais, mas foi cancelado uns 15 dias antes do seu lançamento porque John Fogerty achava que não se enquadrava nos seus padrões de qualidade artística e achar um album demasiado fraco e pouco inspirado, as masters deste album acabaram por serem destruídas em 1980 a pedido do próprio John Fogerty, mas existem cópias bootleg piratas ripadas do analógico para o digital a partir de um antigo vinil promocional que foi "desviado" da editora.

A partir de 1976 até uma 1984 John Fogerty esteve afastado da industria discográfica, durante parte deste tempo passou nas salas dos tribunais devido a problemas legais com a Fantasy Records que se arrastavam ao longo dos anos. Em 1985 regressa com um novo e bom album "Centerfield" que relança a sua carreira nos caminhos do sucesso, mas isso já são contas de um outro rosário.

NOTA :
Em toda a America Latina ou America do Sul se assim quiser chamar, onde estão concentrados a maior legião de fans de John Fogerty, Creedence Clearwater Revival e Tom Fogerty é sem dúvida na Argentina e logo a seguir está o Brasil.



domingo, 14 de junho de 2015

JOHN FOGERTY AND THE FINDER TV SERIES 2012


Em 2011 John Fogerty escreveu o tema de abertura da série de televisão "THE FINDER" no enredo de um dos episódios a guitarra de John Fogerty é roubada e logo começa aquela correria para recuperar a dita guitarra. John Fogerty faz uma participação especial nesse episódio fazendo uma ponta como actor.

A música composta por John Fogerty como tema principal desta série televisiva da FOX é o instrumental "Swamp Water" e continua por ser lançada oficialmente em disco (CD), foi gravada em 2011 durante a preparação da série e foi produzida e misturada por John Fogerty e Bob Clearmountain no Lost Canyon Studios em Los Angeles.

The Finder é uma série de televisão americana processual drama criado por Hart Hanson, que correu na Fox a partir de 12 de janeiro, 2012 a 11 de maio de 2012. A série foi ao ar às quintas-feiras, às 9:00 da manhã, e se mudou para sextas-feiras às 20:00 com início 6 de abril de 2012. Trata-se de um spin-off de uma outra série de televisão Fox, Bones. O piloto backdoor, intitulado "Finder A", exibido em sua sexta temporada. É vagamente baseado na série de Localizador de dois livros de Richard Greener. Em 9 de maio de 2012, a Fox cancelou a série. Ele também serviu como o desempenho de televisão final de Michael Clarke Duncan, que morreu de complicações devido a um ataque cardíaco no início de setembro de 2012.

ELENCO :

* Geoff Stults como Major Walter Sherman, do Exército dos EUA 
* Michael Clarke Duncan, como Leo Knox, um viúvo e ex-advogado
* Mercedes Masohn como Vice-EUA Marshal Isabel Zambada
* Maddie Hasson como Willa Monday, uma delinqüente juvenil Romani
* Toby Hemingway como Timo Proud, um Romani




sexta-feira, 12 de junho de 2015

JOHN FOGERTY - A AUSENCIA DE UM "BEST OF" OU "GREATEST HITS" A SOLO.

Infelizmente a carreira discográfica de John Fogerty  peca por ainda não ter um "Best Of" ou "Greatest Hits" que retrate devidamente toda a sua carreira a solo como deve ser.
As únicas compilações que existem no mercado retratam apenas uma mistura da carreira a solo de John Fogerty com sua carreira com os Creedence Clearwater Revival, mas uma compilação inteiramente dedicada apenas à sua carreira a solo é inexistente no mercado discográfico e faz imensa falta especialmente para dar a conhecer uma boa retrospectiva a sua carreira a solo aos menos informados ou para aqueles querem obter apenas o melhor da sua carreira a solo.
A falta de um "Best Of" ou "Greatest Hits" apenas dedicado à carreira a solo de John Fogerty é uma lacuna que precisa ser preenchida, material há que sobra, pode haver é pouco interesse da editora, ou do próprio John Fogerty, em materializar um projecto destes.
Ao longo dos últimos 35 anos já foram lançadas no mercado discográfico mais de uma centena de compilações dos Creedence Clearwater Revival repaquando sempre o mesmo material que existe da banda, mas parece que existe uma falta de interesse das editoras em fazer mais ou menos o mesmo quando se trata da carreira a solo de John Fogerty.
Sabemos que não será fácil fazer uma compilação bastante completa e bastante representativa da carreira a solo de John Fogerty porque ele tem material editado por diversas editoras discográficas e que reunir esse material requer negociações complexas entre as diversas editoras, mas isso é hoje em dia uma prática comum entre as editoras e todos ganham com isso, o problema está talvez em uma falta de vontade e de iniciativa para abraçar um projecto que represente de uma forma ampla toda a carreira a solo de John Fogerty pondo de parte todo o seu trabalho nos Creedence Cleawarwater Revival porque esse já foi discograficamente bem explorado até à exaustão, o que falta mesmo é uma compilação dupla dedicada apenas ao trabalho a solo de John Fogerty e essa compilação teima em não existir.
Se pensarmos que John Fogerty tem alguns singles do inicio da sua carreira a solo que ainda não foram editados no formato Cd e que também nunca fizeram parte integrante de nenhum álbum dele, então dá muito em que pensar ...

sexta-feira, 13 de março de 2015

JOHN FOGERTY FALA DOS SEUS LONGOS ANOS DE AUSÊNCIA DE CARREIRA

                                       JOHN FOGERTY com PAUL TIPPETT em 1983

[A partir de 1976  isolei-me da exposição pública e fui para o meu rancho no Montana, onde tinha um pequeno estudio para trabalhar em algumas ideias, aos fins de semana costumava tocar com amigos em alguns bares locais]

[Por volta de 1981 até 1984 toquei em recintos pequenos no circuito de bares e clubes, juntei um grupo de amigos e divertiamo-nos, para mim era como voltar às origens e uma forma de exercitar a minha prática como guitarrista]

[Em 1985 depois de 10 anos de ausência lançei o meu novo album "Centerfield", que foi um grande sucesso, mas com ele também se agravaram os meus problemas com Saul Zaentz que processou-me judicialmente por mais duas vezes, um dos processos que ele levantou foi que a nova musica "The Old Man Down The Road" era um plágio de outra musica minha "Run Through The Jungle" a qual ele tinha-me roubado os direitos, o outro processo foi pela musica "Vanz Kant Danz" onde eu de forma dissimulada o chamava de porco ladrão]

[Ainda em 1985 / 1986 fiz uma grande Tour com Tina Turner abrindo os concertos dela, embora essa Tour tivesse correndo bem eu sentia que estava a defraudar o público que esperava que eu tocasse alguma coisa dos Creedence Clearwater Revival e nessa época eu recusava tocar as músicas do tempo dos CCR porque tinha de pagar a Saul Zaentz, que detinha os direitos dessas canções, para poder tocar essas minhas próprias musicas que eu criei]

[Quando lancei o album "Eye Of The Zombie" em 1986 eu não andava muito satisfeito com a minha carreira, esse album que também tinha um forte conteúdo político não foi muito bem sucedido, por isso não fiz sequer nenhuma Tour para promover esse album e voltei a fazer de novo uma interrupção na minha carreira por mais alguns anos]

[No meio deste tempo conheci e casei com a minha actual mulher Julie]

[Aproveitei esse tempo para visitar o Mississippi e entrar em contacto com músicos oriundos zona do Bayou, ouvi as suas histórias, aprendi com eles técnicas instrumentais, aprofundei conhecimentos do folk, blues e cajun music, foi uma visita de estudo profundo sobre a musica originária daquela área, dos campos rurais, dos campos de algodão, ao mesmo tempo ia desenvolvendo e compondo o material que daria origem ao meu album "Blue Moon Swamp" que foi todo inspirado por essa minha viagem ao Mississippi]

[Lancei o album "Blue Moon Swamp" em 1997, foi um enorme sucesso comercial e nomeado para o Grammy de melhor album desse ano e ao qual saíu grande vencedor, o album também foi galardoado com vários discos de platina, foi o meu primeiro album multiplatinado da minha carreira a solo, para mim isso foi inesperado porque eu tinha estado 10 anos afastado e este era o meu segundo regresso, eu não estava realmente à espera da enorme aceitação positiva obtida por este album nessas circunstâncias, mas sabia que tinha conseguido produzir um muito bom album]

[Fiz participações em albuns de grandes estrelas da nossa musica, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Duane Eddy, Earl Scruggs e Jerry Douglas, pelos quais tenho grande admiração, ainda participei em um album de homenagem a Bill Monroe, e outras mais por aí adiante, estas minhas participações especiais ficaram de fora da minha discografia considerada oficial]

[Recebi uma proposta da editora para fazer um album com um concerto ao vivo que também seria filmado para ser lançado em video, minha mulher Julie convençeu-me que já era altura de começar a tocar as minhas músicas dos tempos do Creedence Clearwater Revival, no inicio resisti à ideia, depois cedi e escolhemos um reportório com essas canções alternadas com outras da minha carreira a solo, o concerto foi gravado na sala de audições do grupo Warner em 1998, o album "Premonition" foi lançado nesse ano]

[Foi pura coincidência o meu album "Premonition" ter sido lançado no mesmo ano que esses tais Creedence Clearwater Revisited também lançaram o seu album "Recollection" também gravado ao vivo, o lançamento do meu album foi agendado pela minha editora de então, eu não tive nada a ver com isso nem sabia de tal, depois de ler esses boatos na imprensa tentei de certo modo informar-me do sucedido e a resposta que obtive é que eles lançaram esse album também em 1998 por uma pequena editora independente a partir de uma gravação de um concerto ao vivo que eles tinham feito em 1997 no Canada. Nada teve com competitividades de duelo de valores ou coisa do género. Nem eu, nem a minha editora sabíamos que eles fizeram, ou iam fazer, esse lançamento nesse ano. Se eu soubesse teria pedido à editora para lançar o meu album em outra data e assim evitar mal entendidos e suposições sem nexo nenhum]

[O meu novo album "Deja Vu" só foi lançado 6 anos depois do "Premonition", durante esse tempo andei ocupado com os concertos ao vivo e com a minha família acompanhando o crescimento dos meus filhos, decidi deixar de lançar novos discos de forma regular, para aproveitar o tempo que eu estava fechado a trabalhar em estudio, para dedicar mais tempo à família]

[Não parei de fazer novos albuns, mas faço-os de forma irregular e quando me apetece]

[Nestes últimos anos tem se intensificado os meus concertos ao vivo, tenho os meus filhos criados e às vezes já me acompanham em palco, os contratos para novos concertos não param de chegar e o telefone não pára de tocar, tudo isso é gerido pela minha bonita esposa Julie, a minha família insiste que eu devo aproveitar estes dias de glória e eu faço-lhes a vontade, mas nem sempre é fácil esta carga de trabalho, já tenho 69 anos, com o avanço da minha idade esta crescente carga de trabalho terá de ser repensada ou acabar"

                                                                                                         John Fogerty - 2014



quinta-feira, 12 de março de 2015

JOHN FOGERTY EXPLICA COMO ACOMPANHOU A GRANDE TOUR AMERICANA DE TINA TURNER


[Em 1985 eu estava regressando com um novo album, Centerfield, depois de quase 10 anos ausente, o meu agente perguntou se eu queria acompanhar  a grande Tour americana 1985 / 86 de Tina Turner para fazer a abertura da primeira parte dos seus Shows, como estava relançando a minha carreira aceitei a proposta que era uma grande oportunidade de voltar aos grandes palcos, reuni uma banda e lancei-me nessa nova aventura, mas a minha participação resume-se a isso]

[As pessoas que não assistiram a esses concertos fazem uma ideia errada e pensam que eu acompanhei a Tina Turner como músico na banda dela, ou como convidado nos shows dela, isso não é verdade nem chegou a acontecer, eu apenas abri a primeira parte desses concertos com a minha banda, a Tina Turner fazia a segunda parte como cabeça de cartaz]

[A Tina Turner ficou preocupadíssima quando soube que eu ia abrir os shows dela, porque ela tinha no seu alinhamento o "Proud Mary", então ela perguntou-me "Você vai tocar o Proud Mary ?" e eu respondi-lhe "Fique descansada porque eu não vou tocar nenhuma musica dos Creedence", então ela ainda desconfiada e insegura pergunta-me "Então o que é que você vai tocar ?", e eu respondi-lhe com um sorriso "Outras coisas ...", a Tour decorreu muito bem sem grandes problemas]

[Mais ou menos na mesma época também cheguei a abrir as primeiras partes de alguns concertos que tinham Bruce Springsteen como cabeça de cartaz]

[A Tina Turner tinha gravado com o Ike Turner uma versão do "Proud Mary" em 1971, daí para cá essa musica fazia parte do alinhamento de todos os concertos dela]


TINA TURNER AMERICAN TOUR 1985 / 86 with JOHN FOGERTY

                  "Proud Mary" original version 1969 / "Proud Mary" cover version 1971

quarta-feira, 11 de março de 2015

JOHN FOGERTY CONTA COMO NASCEU A CARREIRA DOS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL


[Em 1959 estava na sala de atividades lúdicas da Portola High School a tocar umas coisas ao piano, entrou na sala um aluno que eu não conhecia e meteu conversa comigo, era o Doug Clifford, durante a conversa ele disse-me "sou baterista, você está interessado em formar uma banda comigo ?", eu respondi-lhe "sim podemos tentar, toco piano mas na verdade sou guitarrista", eramos uns garotos com 14 anos, o Doug Clifford trouxe o seu melhor amigo Stu Cook que era pianista e juntos formamos os The Blue Velvets, o meu irmão Tom Fogerty só entrou na banda como vocalista em 1960]

                                                                                            John Fogerty - 1998

[Em 1961 gravamos dois singles como Tommy Forgety And The Blue Velvets para a Orchestra Records, que era uma pequena editora local, que conseguimos obter um pequeno sucesso a nível regional, mas em 1962 gravamos um terceiro single que não conseguiu chamar a atenção do público, como resultado a editora descartou-nos]

                                                                                             John Fogerty - 1998

[Em 1963 mudamos o nome da banda para The Visions,  e fizemos algumas alterações internas na banda, o Stu Cook passou para a guitarra baixo, o Tom passou a se ocupar da guitarra base e continuou como vocalista, a posição do Doug continuou na bateria e eu fiquei como guitarrista solista e também vocalista, em estudio também me ocupei pela execução de outros instrumentos, piano, orgão, sax e harmonica]

                                                                                             John Fogerty - 1998

[Em 1964 assinamos contrato com a editora Scorpio Records, que era uma divisão da Fantasy Records, lançamos o nosso primeiro single ainda nesse ano, tendo a editora alterado o nome da banda para The Golliwogs, sem a nossa autorização, detestamos esse nome mas ficamos com essa designação até 1967 e tivemos meia dúzia de singles que foram pequenos sucessos a nível regional mas nenhum sucesso a nível nacional, talvez pela muito fraca distribuição]

                                                                                                John Fogerty - 1998

[Em 1968 alteramos o nome da banda para Creedence Clearwater Revival, a nível interno a única mudança, com o acordo de todos, foi o Tom ficar só com a posição de guitarrista base e deixar de ser vocalista e co-autor das composições. Essas funções passaram a ser minhas, na verdade tudo isso foi uma sugestão / condição da editora Fantasy Records antes de assinarmos um novo contrato com essa editora]

                                                                                               John Fogerty - 1998

[A Fantasy Records era uma pequena editora especializada em Jazz e Blues, e mais tarde em Soul Music, fundada em 1948 pelos irmãos Sol Weiss e Max Weiss. No inicio da década de 60 criaram a Scorpion Records, uma divisão subsidiaria da Fantasy, para lançar discos com musica mais popular e em moda entre a juventude. No final de 1967 os irmãos Weiss vendem a Fantasy Records a um grupo de investidores liderados por Saul Zaentz, após a compra ter sido efectuada as actividades da Scorpion Records foram imediatamente encerradas no final de Dezembro de 1967]

                                                                                            John Fogerty - 1998

[Nos tempos do The Golliwogs, eu e o Tom criamos em dupla algumas canções usando o pseudónimo Rann Wild (Tom) e Toby Green (John). Também em 1967 cheguei a assinar a autoria de algumas canções com o pseudónimo T. Spicebush Swallowtail, mas alguns anos mais tarde autorizamos a mudança do registo para o nosso verdadeiro nome]

                                                                                                  John Fogerty - 1998

NOTA : As citações aqui registadas são parte de uma entrevista concedida por John Fogerty em 1998 quando do lançamento do album e dvd ao vivo "Promonition".


terça-feira, 10 de março de 2015

JOHN FOGERTY : "BAD MOON RISING" OU "BAD MAN RISING" ? !!!


JOHN FOGERTY - BAD MOON RISING - 1969
Em 1969 os Creedence Clearwater Revival lançavam o single "Bad Moon Rising" extraído do album "Green River", uma composição original (letra e música) da autoria de John Fogerty.
O conteúdo da letra "Bad Moon Rising" parecia uma promonição dos maus tempos que haveriam de vir com desavenças entre os membros da banda e também com a editora discográfica, John Fogerty um dia disse que se o empresário Saul Zaentz tivesse revelado o seu mau caráter de ganância mais cedo, a música teria por titulo "Bad Man Rising", tinha lógica.



BAD MOON RISING

I see the bad moon rising
I see trouble on the way
I see earthquakes and lightnin?
I see bad times today


Don't go around tonight
Well, it's bound to take your life
There's a bad moon on the rise


I hear hurricanes blowing
I know the end is coming soon
I fear rivers over flowing
I hear the voice of rage and ruin


Don't go around tonight
Well, it's bound to take your life
There's a bad moon on the rise


All right

Hope you got your things together
Hope you are quite prepared to die
Looks like we're in for nasty weather
One eye is taken for an eye


(2x)

Don't go around tonight
Well, it's bound to take your life
There's a bad moon on the rise


Words and Music by John Fogerty

TRADUÇÃO PARA PORTUGUÊS

LUA RUIM NASCENDO

Eu vejo a lua ruim nascendo,
Eu vejo problemas à vista,
Eu vejo terremotos e relâmpagos,
Eu vejo tempos ruins hoje.


Não saia essa noite,
Bem, está prestes a tirar sua vida,
tem uma lua ruim a nascer.


Eu ouço furacões soprando,
Eu sei que o fim está chegando,
Eu temo que os lagos transbordem,
Eu ouço a voz de raiva e ruína.


Não saia essa noite,
Bem, está prestes a tirar sua vida,
tem uma lua ruim a nascer.


Muito bem!

Espero que você tenha juntado as coisas,
Espero que você esteja preparado para morrer,
Parece que estamos preparados pra tempo ruim,
Agora é olho por olho.


(2x)

Não saia essa noite,
Bem, é uma viagem para tirar sua vida,
tem uma lua ruim a nascer.


Letra e Musica de John Fogerty



segunda-feira, 9 de março de 2015

JOHN FOGERTY - ALGUMAS DECLARAÇÕES POLÉMICAS

                                                                 JOHN FOGERTY

Depois de ter resolvido os seus problemas com a Fantasy Records depois da compra dessa editora pela Concord Music alguns jornalistas o interrogaram acerca de uma possível reunião dos Creedence Clearwater Revival , respondeu :

"A minha raiva contra aqueles que me cruxificaram durante anos já passou, estou aberto a propostas nesse sentido, talvez possa haver uma reunião pontual dos Creedence Cleawater Revival, a ver vamos !"
                                                                                             John Fogerty - 2008

Um jornalista pegou no comentário de John Fogerty e pediu uma opinião a Stu Cook e a Doug Clifford, que obviamente comentaram o que pensavam acerca do assunto :

"Poderia ter sido uma boa ideia à 20 anos atrás, mas agora é tarde demais"

                                                                                            Doug Clifford - 2008

"Os leopardos não mudam de pele, isto é apenas um exercício para o John polir a sua imagem, é um grande golpe de teatro, o meu telefone certamente não tocará"

                                                                                               Stu Cook - 2008

Mais recentemente John Fogerty ao ser confrontado com a mesma pergunta, muda de opinião e responde :

"Uma reunião dos Creedence Clearwater Revival está fora de questão, essa hipótese ficou encerrada com a morte de Tom Fogerty"

                                                                                                John Fogerty - 2010

Quando alguns jornalistas perguntaram a John Fogerty se tinha conhecimento da morte de Saul Zaentz e se tinha alguma coisa a declarar, este respondeu :

"Qualquer situação de morte é triste, mas tenho a certeza que para onde ele foi não poderá roubar mais ninguém. Nada mais tenho a declarar"

                                                                                                    John Fogerty - 2014

Numa das suas últimas entrevistas Stu Cook e Doug Clifford declararam :

"Estamos muito bem com o nosso projecto Creedence Clearwater Revisited, estamos com a agenda cheia com concertos agendados por todo o país, reactivar o Creedence Clearwater Revival original neste momento não faz agora nenhum sentido, não precisamos e sabemos que o John também não precisa, isso é um capitulo encerrado"

                                                                        Doug Clifford e Stu Cook - 2011


                                                 STU COOK e DOUG CLIFFORD
               

domingo, 8 de março de 2015

JOHN FOGERTY - ALGUNS SEUS COMENTÁRIOS PÚBLICOS


Quando perguntaram acerca da sua técnica como guitarrista ...

"Tenho consciência que hoje toco melhor do que em 1970, apesar de eu ter estado afastado da industria musical durante alguns anos aproveitei esse tempo para ir praticando e ir aprendendo mais acerca deste (guitarra) e outros instrumentos, de um certo modo nunca estive parado"
                                                         
                                                                                                                John Fogerty - 2006

Quando perguntaram qual é o album dos Creedence Clearwater Revival que mais gosta ...

"Dos 6 albuns de estúdio que os Creedence Clearwater gravaram aquele que eu mais gosto é sem dúvida o GREEN RIVER de 1969, foi o album que me deu menos trabalho em estudio, mas foi o que me deu mais gozo gravar, contém excelentes canções"

                                                                                                             John Fogerty - 1998

Quando o interrogaram se não tinham sido 7 albuns de estúdio gravados pelos Creedence Clearwater Revival ....

"Não, foram mesmo 6 albuns, Creedence Clearwater Revival em 1968, Bayou Country em 1969, Green River em 1969, Willy And The Poor Boys em 1969, Cosmo´s Factory em 1970 e Pendulum no final de 1970, sim foram 6 albuns"

                                                                                                           John Fogerty - 1998

Quando o interrogaram acerca do album Mardi Gras de 1972 ...

"Sim, mas não considero o Mardi Gras como um album dos Creedence Clearwater Revival, para mim o Mardi Gras é um album a solo partilhado pelos três elementos remanescentes daquilo que foram os Creedence Clearwater Revival"

                                                                                                        John Fogerty - 1998

Quando perguntaram acerca do seu conflito com os seus ex-companheiros de banda, Stu Cook, Doug Clifford, e seu irmão Tom Fogerty (na época já falecido) ...

"Estamos de relações cortadas desde 1981, ao longo destes anos tive de aprender como lidar com cobras rastejantes"

                                                                                                         John Fogerty - 1986

Quando perguntaram acerca dos seus problemas com Saul Zaents / Fantasy Records ...

"Saul Zaentz foi como Judas, vendeu o seu carácter a troco de dinheiro e transformou-se num grande ladrão Barrabás, roubou-me imenso dinheiro e protegeu-se rodeado de algumas cobras rastejantes que comem da sua mão"

                                                                                                            John Fogerty - 1985

Quando perguntaram do que achava dos Creedence Clearwater Revisited formados pelos seus ex-parceiros Stu Cook e Doug Clifford ...

" (Risos) ... Esse tal Creedence Clearwater Revisited é uma banda de covers formada por uns parasitas que andam a defraudar o público com as canções que eu criei e que eles tomam como se fosse deles a sua autoria"

                                                                                                             John Fogerty - 1998

Quando o interrogaram acerca da sua péssima relação com o seu irmão Tom Fogerty ...

"O grande problema do meu irmão Tom com a sua atitude de personalidade conflituosa é a sua grande frustração como artista e inveja por nunca ter grande projeção enquanto artista e descarregou isso contra mim por eu ter conseguido chegar até onde ele também sonhava" 

                                                                                                              John Fogerty - 1985


sábado, 7 de março de 2015

JOHN FOGERTY É PROCESSADO PELOS EX-COMPANHEIROS DE BANDA

Em 2014 John Fogerty foi processado pelos seus ex-companheiros dos Creedence Clearwater Revival, Stu Cook, Doug Clifford e a viúva de Tom Fogerty que detêm 25 % cada um da marca comercial CCR, em causa está a utilização por John Fogerty das canções integrais dos albuns "Bayou Country", "Green River", "Willy And The Poor Boys", "Cosmo´s Factory" e "Pendulum" dos Creedence Clearwater Revival, no alinhamento dos seus mais recentes concertos ao vivo.
No processo que ainda decorre em tribunal John Fogerty é acusado de não pagar aos restantes proprietários os direitos e imagem devido ao registo da marca CCR, do qual John Fogerty tem apenas uma quota de 25%, pedindo uma indemnização que ronda nos 500 mil dolares.
Também querem legalmente impedir que John Fogerty toque essas musicas nos seus concertos ao vivo porque são reportório exclusivo da banda que eles criaram em 1995 Creedence Clearwater Revisited e que John Fogerty está "ilegalmente" a fazer-lhes concorrência e como tal retirando-lhes o público dos seus concertos ao vivo.
Como é que se explica legalmente uma coisa dessas ? !!! ...
John Fogerty foi o autor-compositor-letrista de todas as composições originais, foi o produtor e arranjador e a voz de todos os albuns dos Creedence Clearwater Revival, excepto o album "Mardi Gras" do qual só é responsável por 4 temas, como é possível levantar um processo judicial  contra John Fogerty nesses termos quando Stu Cook, Doug Clifford e Tom Fogerty participaram nesses albuns e nessas canções apenas como músicos mas não são os autores intelectuais da criação dessas musicas e desses albuns ? !!! ...
Quanto a designação Creedence Clearwater Revival não é utilizada nos concertos de John Fogerty e não se apresenta como tal, ele apenas informa nos seus cartazes promocionais que vai tocar em determinado concerto o alinhamento integral do album tal, mas não se apresenta como um Creedence ressuscitado, felizmente John Fogerty não precisa disso para se promover.
Stu Cook e Doug Clifford que intelectualmente nada contribuíram em termos criativos para o Creedence Clearwater Revival são uns parasitas sem grande talento que montaram em 1995 uma banda de covers chamada Creedence Clearwater Revisited e auto-intitulam-se como os legítimos CCR com plenos poderes sobre o legado Creedence e vivem à custa de um reportório com canções criadas pelo cérebro e talento de John Fogerty, a viúva de Tom Fogerty, que é ex-cunhada de John Fogerty, juntou-se a eles porque quer é dinheiro, se tivessem vergonha na cara nem sequer levantavam este processo sujo de falta de caráter contra John Fogerty, mas creio que como o processo não tem por onde se pegue vão perder esta causa em tribunal.
Eu sei um adjectivo certo para colar no Stu Cook, Doug Clifford e viúva de Tom Fogerty, e penso que vocês também o sabem. É muita gente a querer viver à custa das canções que foram criadas por John Fogerty.



JOHN FOGERTY - AS OPINIÕES DOS EX-COLEGAS

Que John Fogerty é um grande e talentoso compositor, arranjador, produtor, letrista, cantor e músico, isso ninguém o nega, que foi a grande máquina criativa dos Creedence Clearwater Revival também é um facto, mas também foi uma figura polémica que gerou ódios contra ele próprio entre os seus parceiros de banda que começaram a se sentir incomodados com a centralização do trabalho dos CCR todo concentrado unicamente na personalidade intelectual de John Fogerty.
Aqui vamos apresentar algumas citações de opinião pelos seus ex-parceiros de banda, Stu Cook, Doug Clifford e Tom Fogerty.

"Eu realmente gostava dele, mas conforme o sucesso dos Creedence Clearwater Revival ia crescendo ia ficando cada fez mais egocêntrico transformando-se num ditador insuportável"

                                                                                                       Doug Clifford - 1998

"Em tempos fomos grandes amigos, com o sucesso dos CCR começou as nos tratar como se fossemos só musicos dele, tornou-se num convencido cabrão miserável e ditador sem escrúpulos"
                                                                                                       Stu Cook - 1998

"Com o sucesso dos CCR ele foi se sentindo o máximo, um deus todo poderoso, recusou sempre a dar-me uma oportunidade igual dentro da banda, era um ditador déspota que se considerava o único "creedence" e tratava-nos como se fossemos os musicos contratados dele por isso acabei por sair da banda e lançar-me em empreitada a solo"
                                                                                                Tom Fogerty - 1981

"Nos CCR nunca participamos do processo de desenvolvimento das gravações em estúdio, o método de trabalho de John era o seguinte : ele trazia para a sala de ensaio as novas canções que pretendia gravar e nós ensaiavamos durante um mês de 8 a 12 horas por dia, depois quando achava que tudo estava devidamente "afinado" iamos para o estúdio gravar "live in studio" a sessão ritmica (baixo, guitarra, bateria) durante 2 ou 3 dias, depois ficavamos de fora da restante gravação, ficando John sozinho a trabalhar nessas canções, overdubs e arranjos, finalmente eramos chamados para gravar os coros de apoio vocal e depois dispensados ficando John de novo sozinho para gravar a parte vocal principal e fazer as mixagens, só tinhamos conhecimento do resultado final das canções quando o disco já estava prensado e pronto a ser distribuído nos circuitos de venda, nós eramos postos de parte em quase todo o processo de gravação de um disco, era só John quem dominava o processo de estúdio"

                                                                                                            Doug Clifford - 1998

"O John era um manipulador psicopata rancoroso, passou a nos odiar porque nós apoiávamos o Tom nas suas ideias e decisões, por sua vez o Tom apoiava Saul Zaentz, presidente da Fantasy, com o qual John estava a ter grandes problemas, John achava que deviamos estar do lado dele, mas nós estavamos do lado de Tom, isso nos garantia ser a maioria para garantir as percentagens financeiras de negocios relativos ao material gravado enquanto CCR, cada um de nós tinhamos 25% de quota sobre o legado dos CCR e nós três juntos eramos a maioria sobre os 25% detidos pelo John e o grande problema era que John queria impedir de rentabilizar o material gravado pelos CCR enquanto os seus problemas com Saul Zaentz / Fantasy não estivessem resolvidos, os CCR eram a nossa banda e não só a banda de John Fogerty".

                                                                                                            Stu Cook - 1998

"Nunca irei apoiar John contra Saul Zaentz, o Saul Zaentz é o meu melhor amigo, e os amigos não se atraiçoam, nunca colocarei a ganância de John acima da minha amizade com Saul"

                                                                                                                      Tom Fogerty - 1981

"Acho que o último album dos CCR, "Mardi Grass", só falhou porque o John assim o quis, foi um fracasso planeado porque reconheço que ele é um génio e sabia antecipadamente que esse album não ia resultar, ele fez tudo deliberadamente para que tivesse como resultado a separação da banda pois ele queria iniciar uma carreira a solo. Ele sabia que a nos pôr a vocalizar dois terços do album isso seria um desastre total porque tinhamos a consciência que nem eu nem o Stu eramos definitivamente cantores."

                                                                                                     Doug Clifford - 1998

"John é uma mente diabólica que deu cabo de uma banda que ainda tinha muito para dar, quis seguir uma carreira a solo que o encurralou e que não lhe correu como ele esperava, mas sobreviveram estas excelentes canções dos Creedence Clearwater Revival que continuam a atravessar gerações e que agora estamos apresentar ao vivo com a nossa nova banda Creedence Clearwater Revisited" 
                                                                                                              Stu Cook - 1998

"O grande problema do meu irmão Tom com a sua atitude de personalidade conflituosa é a sua grande frustração como artista e inveja por nunca ter grande projeção enquanto artista e descarregou isso contra mim por eu ter conseguido chegar até onde ele também sonhava"    

                                                                                                                       John Fogerty - 1985


                                    CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - 1970
                                  Tom Fogerty * Stu Cook * Doug Clifford * John Fogerty