quinta-feira, 26 de junho de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL EM PORTUGAL !

É um facto pouco ou nada referido, mas os Creedence Clearwater Revival estiveram em Portugal, já reduzidos a trio (sem Tom Fogerty), onde passaram pela primeira edição do  Festival Vilar de Mouros em 1971, com Elton John como cabeça de cartaz, mas também lá estiveram a banda inglesa Manfred Mann Quartet, além de algumas bandas portuguesas como os Pop Five Music Incorporated, Quarteto 1111, Psico, Sindicato, Objectivo, Pentágono, Celos, Duo Ouro Negro, Amália Rodrigues, Chinchilas, Beatniks, entre alguns mais.
O Festival Vilar de Mouros de 1971 em Caminha, foi uma espécie de Woodstock à portuguesa em plena ditadura Marcelista e foi assistido por mais de 30.000 pessoas, tendo sido montado um grande acampamento no local debaixo da vigilância dos agentes da Pide (policia politica) e também da Policia de Segurança Pública e da G.N.R (Guarda Nacional Républicana), mas não houve incidentes, quem por lá passou no primeiro Festival de Vilar de Mouros, conta com saudade e emoção, o espírito vivido naquele ano, onde jovens conviveram uns com os outros em pleno clima de paz, amor, e liberdade, e a ouvir os primeiros grupos de rock portugueses, esses sim, os verdadeiros "pais" do rock português. Fica na memória, os milhares de jovens, hippies, e excêntricos portugueses, bem como muitos hippies estrangeiros que naquele longínquo ano de 1971, estiveram em Vilar de Mouros, por entre um clima de liberdade, diversão, e actos livres e sinceros de contra-cultura, na esperança de expressar uma nova vida e ideia, o que contraria o que dizem daquela época, por entre um cigarro de erva ou uma viagem de LSD, souberam deixar a sua marca na história da cultura e música portuguesa, deixar bem claro que através de imagens, testemunhos, e filmes, que a juventude da época não estava desligada ou limitada da informação e acontecimentos que mudaram o mundo, e essa prova está no grande e genuíno festival desse maravilhoso ano de 1971.
A participação dos Creedence Clearwater Revival é pouco lembrada e desconhecida por alguns, quando falam deste festival pouco ou nada se referem à passagem desta banda nesse festival, mas recentemente um amigo, José Calçada, que esteve nesse festival recorda-se de ter visto a actuação dos Creedence Clearwater Revival no Festival Vilar de Mouros em 1971, mas quando se fala deste festival todas as referências vão para a actuação de Elton John.
A participação dos Creedence Clearwater Revival ficou a dever-se estarem no inicio da sua digressão europeia 1971 / 1972 e estavam a dar uns concertos em Espanha e foram contactados para darem um "saltinho" a Portugal para actuarem nessa primeira edição do Festival Vilar de Mouros, esta foi a única vez que esta banda esteve em Portugal, e como já referi, já reduzida a trio sem o guitarra ritmo Tom Fogerty.
Ainda por volta do inicio de 1972 houve uma tentativa de trazer de novo a Portugal os Creedence Clearwater Revival, quase no final da digressão europeia 1971 / 1972, mas a editora Radio Triunfo que representava em Portugal a editora da banda, Fantasy Records, já tinha informado que a imprensa portuguesa só tinha feito grande destaque da actuação de Elton John e ignorou quase por completo todos os outros, com base nisso recusaram vir uma segunda vez actuar em Portugal, "por não haver motivos suficientes", como a banda divulgou em comunicado, e pouco tempo depois a banda chega ao fim com a sua separação em julho de 1972.
                                         Doug Clifford      Stu Cook         John Fogerty
                                  JOHN FOGERTY   DOUG CLIFFORD     STU COOK

terça-feira, 24 de junho de 2014

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - A BANDA MAIS POPULAR DA AMERICA

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL, foram a banda mais popular dos Estados Unidos da América, entre 1968 até 1972, ano da sua polémica separação.
O pico da sua grande popularidade foi entre 1969 a 1970, era uma banda que fundia a música country com o rock e o pop e tinha algumas influências de blues, a este novo estilo musical deram o nome de swamp-rock.
Durante a sua carreira gravaram 7 albuns de estudio e lançaram oficialmente 13 singles, e um último que a editora Fantasy lançou em 1976, quase 4 anos depois da separação da banda.
Desses 14 singles lançados oficialmente, 13 deles foram galardoados com disco de ouro, excepto o penúltimo "Someday Never Comes" que só chegou a disco de prata.
Os CCR conseguiram a proeza de ganhar o galardão disco de ouro, para a categoria de singles, 13 vezes consecutivas, além disso tiveram também 2 albuns (o primeiro e o último) galardoados  disco de ouro, outros 4 albuns galardoados disco de platina, e 1 album (Cosmo´s Factory) que foi galardoado tripla-platina.
Este facto é bastante curioso, nem os The Beatles conseguiram tal proeza a curto prazo na industria discográfica, convém recordar que os Beatles eram a banda mais popular do Reino Unido (Inglaterra) e eram considerados um fenómeno mundial.
Sem dúvida que os Creedence Clearwater Revival são uma das bandas mais importantes da música norte-americana, e passados mais de 40 anos ainda atravessam gerações e mantêm a sua popularidade intacta, as suas músicas permanecem tão actuais como se tivessem sido compostas hoje, John Fogerty disse à imprensa em 1969 que queria compor canções que pudessem ser ouvidas durante 10 anos, agora passados mais de 42 anos essas canções ainda fazem-se ouvir com o mesmo rigor e popularidade como foram recebidas no passado, e o mais interessant é que os seus discos continuam a vender-se aos milhões nos tempos actuais, a este fenómeno comercial só os The Beatles e os The Rolling Stones conseguiram atingir igual nível de vendas com as suas reedições discográficas.

domingo, 22 de junho de 2014

A GERAÇÃO DOS FOGERTY !

John Fogerty com a familia, a geração do seu segundo casamento com Julie Lebiedzinsky.
John Fogerty ladeado pelos seus filhos Shane Fogerty e Tyler Fogerty
Familia Fogerty : Lindsey (enteada), Tyler Fogerty, Julie Fogerty, John Fogerty, Shane Fogerty e Kelsey Fogerty.
Familia Fogerty : Julie Fogerty, Tyler Fogerty, John Fogerty, Shane Fogerty e Kelsy Fogerty
Kelsy Fogerty, John Fogerty e Julie Fogerty
O casal Julie Fogerty e John Fogerty
Bob Fogerty, irmão mais novo e actual sócio de John Fogerty, não é músico mas é um conceituado fotógrafo, tem livros de fotografia publicados e tem feito muitas exposições de fotografia artistica, foi o fotógrafo oficial dos Creedence Clearwater Revival.
Tom Fogerty, irmão 3 anos mais velho que John Fogerty, foi junto com este último membro dos Creedence Clearwater Revival, faleceu em 1990 vitima de insuficiência respiratória.
Jeff Fogerty, filho do primeiro casamento de Tom Fogerty com Gail Skinner,  também é músico e Dj, não se conhece bem a sua obra discográfica, apenas sabe-se que gravou em 1986 um album com o titulo "New Orleans Lady" e que tocou guitarra baixo no último album de Tom Fogerty intitulado "Sidekicks" gravado em 1988 mas lançado postuamente em 1992.
Uma das últimas fotografias públicas de Tom Fogerty, com a sua segunda mulher Patricia (Trish) Fogerty e o seu filho Jeff Fogerty, fruto do seu primeiro casamento com Gail Skinner.
Sabe-se que John Fogerty tem ainda outros dois irmãos mais velhos, Jim Fogerty e Dan Fogerty, além disso tem mais 3 filhos, Sean Fogerty, Joshua (Josh) Fogerty e Laurie Fogerty, fruto do seu primeiro casamento com Martha Piaz, mas a todos eles não se lhes conhece vida pública, apenas sabe-se que Josh Fogerty é baixista numa banda local na área da baía de San Francisco, California, chamada DELTA DOGS BLUES BAND,  Sean Fogerty também faz ou fez parte dessa banda.
JOSH FOGERTY

THE GOLLIWOGS - OS ESTAROLAS DO ROCK !

                  THE GOLLIWOGS : Doug Clifford, Stu Cook, Tom Fogerty, John Fogerty
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Muitos conhecem ou já ouviram falar dos Creedence Clearwater Revival, cujo grande pico do sucesso foi entre 1969 e 1970, no entanto poucos conhecem os primórdios desta banda.
Como Creedence Clearwater Revival tiveram a sua existência desde janeiro de 1968 até julho de 1972, durante 5 anos consecutivos foram a banda mais popular dos Estados Unidos da America, mas antes disso já tinham 8 anos de carreira em palco e 6 anos de experiência em estúdio de gravação, com vários discos gravados, embora sem obter algum grande sucesso a nível nacional, mas já tinham obtido alguns pequenos sucessos a nível regional.
Os primórdios da banda tiveram inicio em 1959 na Portola High School, quando Doug Clifford viu um rapaz magrinho a tocar piano, o rapaz desenrascava-se bem e tocava algumas músicas que Doug tinha os discos em casa, esse rapaz era John Fogerty, logo na hora Doug Clifford, que não o conhecia embora andassem na mesma escola e tivessem a mesma idade (15 anos) fez-lhe a proposta de formarem uma banda, apresentou-se como baterista, ao que John retorquiu-lhe "toco piano, mas na verdade sou guitarrista", aceitando a proposta, assim nascia a banda The Blue Velvets" que ensaiava na garagem da casa dos pais de Doug Clifford que vivia em Palo Alto, um povoado vizinho de El Cerrito onde vivia John Fogerty, perto da área da baía de San Francisco, California.
Depressa os The Blue Velvets passam de duo para trio quando Doug Clifford convidou o seu melhor amigo Stu Cook para se ocupar do piano, eram uma banda instrumental que depressa se tornou semi-profissional acompanhando diversos artistas locais em concertos ao vivo e em gravações de estudio desses mesmos artistas, inclusive Tom Fogerty, irmão de John, que já andava na música à mais tempo com a banda Spider Webb & The Insects, e depois desta como solista, em 1960 Tom Fogerty entra para os The Blues Velvets e assim ficava completo o embrião dos Pré-Creedence Clearwater Revival.
Em 1960 passam a chamar-se Tommy Fogerty & The Blue Velvets, com Tom Fogerty como vocalista, entre 1961 e 1962 gravam 3 discos single, os dois primeiros tiveram um sucesso relativo a nível local, mas o terceiro falhou completamente e ficam sem editora.
Em 1963 mudam o nome da banda para The Visions e no ano seguinte assinam contrato com uma nova editora, nesse mesmo ano (1964) é lançado o primeiro single para esta editora, mas verificam que sem os consultar, a editora muda-lhes o nome para The Golliwogs (Os Estarolas), nome que detestam mas decidem aproveitar a nova oportunidade, contudo o sucesso a nível nacional tardava a chegar apesar de obterem algum sucesso a nível local e regional.
Como The Golliwogs houve algumas mudanças na banda, embora mantendo os mesmos integrantes houve algumas alterações, Stu Cook transita do piano para a guitarra baixo, e Tom Fogerty assume a guitarra ritmo e inicialmente mantém a posição de vocalista.
O resto das posições na banda mantem-se inalteradas, Doug Clifford na bateria e John Fogerty na guitarra solo, mas também assumindo outros instrumentos adicionais.
A posição de Tom Fogerty como vocalista foi gradualmente se alterando, divindo os vocais com John Fogerty, a partir de 1966 John Fogerty assume a posição de vocalista único, assim como a de lider absoluto da banda.
No período The Golliwogs as composições originais eram assinadas em dupla pelos irmãos Fogerty, usando um pseudónimo Rann Wild (Tom Fogerty), e Toby Green (John Fogerty), a partir de 1967 já John Fogerty assinava sózinho e em nome próprio a autoria das composições.
Em dezembro de 1967 os The Golliwogs alteram o nome da banda para Creedence Clearwater Revival, marcando uma grande viragem no seu estilo musical, lançando o primeiro album, que leva o nome próprio da banda como titulo, em abril de 1968 e com este album abre-se o caminho para 5 anos de êxito, sucesso e glória, que só desvanece com a sua separação em julho de 1972, que teve origem em problemas internos, mas falar desta banda como Creedence Clearwater Revival já faz parte de uma outra história.

Foto da época de transição do nome da banda The Visions para The Golliwogs em 1965
                                                The Golliwogs (Os Estarolas) em 1966

                              Tommy Fogerty & The Blue Velvets - 1961
                                            Tommy Fogerty & The Blue Velvets - 1962
                                                         John Fogerty - 1961   
                                                Tom Fogerty e John Fogerty - 1962
                                                                 John Fogerty - 1963
                                          The Golliwogs em 1967

                                                        The Golliwogs em finais de 1967
Segundo single gravado profissionalmente como Tommy Fogerty & The Blue Velvets em 1962
                                                              The Golliwogs - 1964
                                                                   The Golliwogs - 1965
                        Quarto single gravado profissionalmente como The Golliwogs em 1965 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

FOGERTY CONTRA FOGERTY

Nunca a separação de uma banda gerou tanta controvérsia como os Creedence Clearwater Revival, cujos ex-membros continuam brigados até aos dias de hoje.
Tudo começou com a separação da banda em julho de 1972 quando John Fogerty reclamava a devolução dos direitos de autor, os quais eram detidos pela  editora discografica Fantasy Records, atrvés de um contrato mal estipulado em prejuízo de John Fogerty.
A briga de John Fogerty com o Saul Zaentz, patrão da Fantasy, estendeu-se contra os outros ex-elementos da banda Doug Clifford e Stu Cook, que ficaram ao lado de Saul Zaentz, obviamente por interesses próprios, e frontalmente contra John Fogerty.
Tom Fogerty, irmão de John, embora tivesse abandonado os Creedence um ano e meio antes da separação definitiva da banda, também colocou-se ao lado de Saul Zaentz, também por interesse próprio, interesses esses que estavam em jogo questões financeiras.
Cada um dos ex-membros dos Creedence Revival detêm 25% do registo comercial do nome da banda, recebendo percentagens pelas vendas dos discos, videos etc.
Legalmente John Fogerty deveria receber uma percentagem maior, como letrista, compositor, arranjador e produtor, mas não era isso que acontecia estando os outros a usufruir lucros iguais por um trabalho que não fizeram, além disso John Fogerty tinha direito legal à margem dos direitos autorais pelo seu trabalho intelectual de composição, que nunca lhe foi pago pela editora, e isto refere-se à grande maioria dos trabalhos originais da banda.
A razão de fundo para a briga entre os dois irmãos foram questões de direitos, honra e dinheiro, mas sobretudo por Tom Fogerty apoiar Saul Zaentz e a editora Fantasy Records que andavam a roubar descaradamente John Fogerty.
Dizem que John Fogerty desde 1981 que não falava com Tom, até este falecer de insuficiência respiratória em 1990, mas isso é falso, nesse ano John foi visitar Tom no hospital e falaram nos assuntos que estavam mal resolvidos entre eles, mas Tom respondeu a John "Não esperes que eu te vá apoiar contra a Fantasy, o Saul Zaentz é o meu melhor amigo", é claro que John ficou muito magoado com esta atitude e quando Tom faleceu não foi ao seu funeral, é por isso que dizem erradamente que John e Tom nunca mais se falaram até à hora da morte deste.
Tom Fogerty anseava  brilhar no mundo da música, como não o podia fazer nos Creedence Clearwater Revival, decidiu abandonar a banda em 1971, aproveitando a grande popularidade da mesma para lançar-se como solista.
Tom Fogerty demorou 4 longos anos para perceber que foi precipitado em sair dos Creedence, que afinal quem brilhava nessa banda era John Fogerty e que o sucesso da banda era John Fogerty, tanto foi assim que em 1975 depois de ter gravado 4 albuns para a Fantasy, Tom Fogerty tentou reunir os Creedence mas John recusou a ideia e as relações entre os irmãos esfriaram ainda mais, mesmo assim os Creedence reuniram-se especialmente em 1980 na festa do casamento em segundas núpcias de Tom Fogerty, mas a reunião ficou mesmo por aí.
Também, John participou como guitarrista em algumas musicas do album  "Zephyr National" de Tom Fogerty em 1974, onde também participam Stu Cook e Doug Clifford antigos membros dos Creedence Clearwater Revival.
A Carreira a solo de Tom Fogerty nunca arrancou para voos mais altos, apesar de gravar para a Fantasy, Tom procurou outras editoras mais conceituadas, mas nenhuma se interessou pelo seu trabalho, não o consideravam um artista nacional, mas sim um artista regional da zona de San Francisco, onde era frequente Tom dar os seus concertos ao vivo, mas nunca deu grandes concertos à escala nacional, isso limitou toda a sua projeção no seu próprio país.
Quero deixar aqui bem explícito o seguinte, um colectivo funciona com todos os seus integrantes, John Fogerty sózinho nunca poderia ser um colectivo, é errado pensar que John Fogerty era individualmente os Creedence, é verdade que era (e é) muito talentoso e a alma da banda, que escrevia e produzia as músicas e que fazia os arranjos das mesmas, e que a sua voz era uma marca, mas os outros também contribuiam com o seu lado criativo, por exemplo, Stu Cook a partir das notas que John lhe passava, tinha que criar a "sua" linha de baixo, Doug Clifford tinha de criar o "seu" ritmo de bateria e os riffs, Tom Fogerty na guitarra ritmo (base) criava um balanço inconfundível, todos eles com o seu toque pessoal ajudaram John Fogerty a criar as fantásticas musicas da banda.
                             No casamento em segundas núpcias de Tom Fogerty em 1980
Reunião especial dos Creedence Clearwater Revival em 1980 na festa de casamento em segundas núpcias de Tom Fogerty.
Nesta época apesar de brigados ainda se falavam, a ruptura total veio a partir de 1981 quando os problemas entre a Fantasy, Saul Zaentz e os restantes, se agravaram nos tribunais e John Fogerty deixou de falar com os seus ex-amigos e ex-colegas de banda.

O PRIMEIRO MICROFONE DE TOM FOGERTY

Sabe-se que Tom Fogerty começou nas lides musicais muito antes do seu irmão quatro anos mais novo, John Fogerty, foi vocalista de várias bandas na segunda metade dos anos 50 e tentou se profissionalizar a partir de 1958 com a sua entrada como vocalista na banda Spider Webb & The Insects, com esta banda chegou a gravar um single que não obteve sucesso e a banda separa-se.
Por volta de 1959 o seu irmão mais novo, John Fogerty forma a banda The Blue Velvets, com Doug Clifford na bateria e Stu Cook no piano, era uma banda instrumental a qual John Fogerty assegurava a posição de guitarrista.
Ainda nesse ano Tom Fogerty aproveita a banda do irmão para o acompanhar como suporte nos seus espectáculos ao vivo, em 1961 chega a oportunidade de gravarem um disco e a banda passa a designar-se Tommy Fogerty & The Blue Velvets.
Com esta designação chegam a gravar 3 singles, os dois primeiros tiveram um sucesso relativo a nível local, mas o terceiro foi um fracasso que faz a banda repensar no seu futuro.
O primeiro single "Come On / Oh My Love" é lançado pela Orchestra Records em 1961, com letra e música de Tom Fogerty, é seguido ainda em 1961 pelo segundo single "Have You Ever Been Lonely / Bonita" a primeira da autoria de John Fogerty e a segunda uma co-autoria de John e Tom Fogerty, mantendo Tom Fogerty como único vocalista.
O terceiro single surge em 1962,"Now You´re Not Mine / Yes You Did" da autoria de Tom Fogerty, foi um completo falhanço e foi retirado do mercado logo de seguida, as masters desta gravação até hoje encontram-se perdidas.
Entretanto o colectivo decide mudar o nome para The Visions e em 1964 assina contrato com a Scorpio Records, uma subsídiária da Fantasy Records, e gravam o seu primeiro single "Don´t Tell No Lies / Little Girl", mas quando o disco sai verificam que a editora alterou-lhes o nome da banda para The Golliwogs (Os Estarolas) e detestam esse nome mas decidem continuar a aproveitar essa nova oportunidade que se abria, entretando as coisas estavam a mudar, Stu Cook passa do piano para guitarra baixo e Tom Fogerty assume a guitarra ritmo, John Fogerty e Doug Clifford mantêm as suas posições, guitarra solo e baterista respectivamente.
Uma nova alteração na banda é que a partir de 1964 até 1966 a autoria das canções passam a ser assinadas em dupla entre Tom Fogerty e John Fogerty.
Inicialmente Tom Fogerty mantém o estatuto de único vocalista da banda, mas aos poucos vai perdendo esse estatuto de exclusividade e vai dividindo os vocais com John Fogerty, até que em inicios de 1967 John Fogerty assume o controlo total da banda como único vocalista, arranjador e compositor, em dezembro desse ano assinam contrato com a casa-mãe, a Fantasy Records e alteram o nome da banda para Creedence Clearwater Revival lançando o primeiro album em abril de 1968, o resto do percurso já faz parte da história.
O MICROFONE que aqui se exibe é o micro pessoal de Tom Fogerty que ele usou entre 1958 até 1964 (que se tenha conhecimento), este modelo era conhecido por "micro d´ouro" por dar uma projeção ampla à voz, na época era um dos micros mais caros que existiam no mercado e por isso era só usado por profissionais.

TOM FOGERTY E FAMILIA

Primeiro Casamento : Da sua vida privada pouco ou nada se sabe, apenas que casou com a sua namorada dos tempos do liceu, Gail Skinner, em data incerta no inicio dos anos 60, desta relação tem um filho Jeff Fogerty nascido em 1965, mas nada mais se sabe, não sabemos se existe mais filhos desta relação nem a data do divorcio que decorreu em meados dos anos 70.
Jeff Fogerty também é músico e Dj.
Segundo Casamento : Tom Fogerty casou-se em segundas núpcias com Trish Suzanne em 1980, na festa de casamento os Creedence Clearwater Revival reuniram-se apenas para animar a festa, não se sabe se existe filhos desta relação, Tom Fogerty faleceu a 6 de Setembro de 1990 vítima de insuficiência respiratória.
Uma das suas últimas fotos : com sua segunda mulher Patricia"Trish" Suzanne Fogerty, Jeff Fogerty, Tom Fogerty.
Tom Fogerty com a sua primeira mulher Gail Skinner Fogerty, mãe de Jeff Fogerty
EM BAIXO : Gail Skinner Fogerty e Tom Fogerty em 1968 segurando a capa do primeiro album dos Creedence Clearwater Revival.
                                         Tom Fogerty e Gail Skinner Fogerty em 1966
Gail Skinner Fogerty, Tom Fogerty, Stu Cook, Doug Clifford e John Fogerty em 1967
                                       Tom Fogerty e Gail Skinner Fogerty em 1964
    Reunião dos Creedence Clearwater Revival no casamento de Tom Fogerty com Patricia "Trish" Suzanne Fogerty em 1980.