sexta-feira, 13 de março de 2015

JOHN FOGERTY FALA DOS SEUS LONGOS ANOS DE AUSÊNCIA DE CARREIRA

                                       JOHN FOGERTY com PAUL TIPPETT em 1983

[A partir de 1976  isolei-me da exposição pública e fui para o meu rancho no Montana, onde tinha um pequeno estudio para trabalhar em algumas ideias, aos fins de semana costumava tocar com amigos em alguns bares locais]

[Por volta de 1981 até 1984 toquei em recintos pequenos no circuito de bares e clubes, juntei um grupo de amigos e divertiamo-nos, para mim era como voltar às origens e uma forma de exercitar a minha prática como guitarrista]

[Em 1985 depois de 10 anos de ausência lançei o meu novo album "Centerfield", que foi um grande sucesso, mas com ele também se agravaram os meus problemas com Saul Zaentz que processou-me judicialmente por mais duas vezes, um dos processos que ele levantou foi que a nova musica "The Old Man Down The Road" era um plágio de outra musica minha "Run Through The Jungle" a qual ele tinha-me roubado os direitos, o outro processo foi pela musica "Vanz Kant Danz" onde eu de forma dissimulada o chamava de porco ladrão]

[Ainda em 1985 / 1986 fiz uma grande Tour com Tina Turner abrindo os concertos dela, embora essa Tour tivesse correndo bem eu sentia que estava a defraudar o público que esperava que eu tocasse alguma coisa dos Creedence Clearwater Revival e nessa época eu recusava tocar as músicas do tempo dos CCR porque tinha de pagar a Saul Zaentz, que detinha os direitos dessas canções, para poder tocar essas minhas próprias musicas que eu criei]

[Quando lancei o album "Eye Of The Zombie" em 1986 eu não andava muito satisfeito com a minha carreira, esse album que também tinha um forte conteúdo político não foi muito bem sucedido, por isso não fiz sequer nenhuma Tour para promover esse album e voltei a fazer de novo uma interrupção na minha carreira por mais alguns anos]

[No meio deste tempo conheci e casei com a minha actual mulher Julie]

[Aproveitei esse tempo para visitar o Mississippi e entrar em contacto com músicos oriundos zona do Bayou, ouvi as suas histórias, aprendi com eles técnicas instrumentais, aprofundei conhecimentos do folk, blues e cajun music, foi uma visita de estudo profundo sobre a musica originária daquela área, dos campos rurais, dos campos de algodão, ao mesmo tempo ia desenvolvendo e compondo o material que daria origem ao meu album "Blue Moon Swamp" que foi todo inspirado por essa minha viagem ao Mississippi]

[Lancei o album "Blue Moon Swamp" em 1997, foi um enorme sucesso comercial e nomeado para o Grammy de melhor album desse ano e ao qual saíu grande vencedor, o album também foi galardoado com vários discos de platina, foi o meu primeiro album multiplatinado da minha carreira a solo, para mim isso foi inesperado porque eu tinha estado 10 anos afastado e este era o meu segundo regresso, eu não estava realmente à espera da enorme aceitação positiva obtida por este album nessas circunstâncias, mas sabia que tinha conseguido produzir um muito bom album]

[Fiz participações em albuns de grandes estrelas da nossa musica, Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Duane Eddy, Earl Scruggs e Jerry Douglas, pelos quais tenho grande admiração, ainda participei em um album de homenagem a Bill Monroe, e outras mais por aí adiante, estas minhas participações especiais ficaram de fora da minha discografia considerada oficial]

[Recebi uma proposta da editora para fazer um album com um concerto ao vivo que também seria filmado para ser lançado em video, minha mulher Julie convençeu-me que já era altura de começar a tocar as minhas músicas dos tempos do Creedence Clearwater Revival, no inicio resisti à ideia, depois cedi e escolhemos um reportório com essas canções alternadas com outras da minha carreira a solo, o concerto foi gravado na sala de audições do grupo Warner em 1998, o album "Premonition" foi lançado nesse ano]

[Foi pura coincidência o meu album "Premonition" ter sido lançado no mesmo ano que esses tais Creedence Clearwater Revisited também lançaram o seu album "Recollection" também gravado ao vivo, o lançamento do meu album foi agendado pela minha editora de então, eu não tive nada a ver com isso nem sabia de tal, depois de ler esses boatos na imprensa tentei de certo modo informar-me do sucedido e a resposta que obtive é que eles lançaram esse album também em 1998 por uma pequena editora independente a partir de uma gravação de um concerto ao vivo que eles tinham feito em 1997 no Canada. Nada teve com competitividades de duelo de valores ou coisa do género. Nem eu, nem a minha editora sabíamos que eles fizeram, ou iam fazer, esse lançamento nesse ano. Se eu soubesse teria pedido à editora para lançar o meu album em outra data e assim evitar mal entendidos e suposições sem nexo nenhum]

[O meu novo album "Deja Vu" só foi lançado 6 anos depois do "Premonition", durante esse tempo andei ocupado com os concertos ao vivo e com a minha família acompanhando o crescimento dos meus filhos, decidi deixar de lançar novos discos de forma regular, para aproveitar o tempo que eu estava fechado a trabalhar em estudio, para dedicar mais tempo à família]

[Não parei de fazer novos albuns, mas faço-os de forma irregular e quando me apetece]

[Nestes últimos anos tem se intensificado os meus concertos ao vivo, tenho os meus filhos criados e às vezes já me acompanham em palco, os contratos para novos concertos não param de chegar e o telefone não pára de tocar, tudo isso é gerido pela minha bonita esposa Julie, a minha família insiste que eu devo aproveitar estes dias de glória e eu faço-lhes a vontade, mas nem sempre é fácil esta carga de trabalho, já tenho 69 anos, com o avanço da minha idade esta crescente carga de trabalho terá de ser repensada ou acabar"

                                                                                                         John Fogerty - 2014



quinta-feira, 12 de março de 2015

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL HOMENAGEADOS NO HALL OF FAME EM 1993

DOUG CLIFFORD, JOHN FOGERTY, JEFF FOGERTY (em representação de TOM FOGERTY falecido em 1990) e STU COOK, galardoados no HALL OF FAME em 1993

Os Creedence Clearwater Revival foram galardoados postumamente no Hall of Fame em 1993 como reconhecimento pela sua grande contribuição para o cancioneiro norte-americano e pelo valor inegável do seu talento.

No entanto esta homenagem ficou marcada por um triste incidente quando John Fogerty se recusou tocar as musicas da antiga banda junto com os seus ex-companheiros.

Quando Doug Clifford, Stu Cook e Jeff Fogerty, filho de Tom Fogerty, entretanto já falecido, se preparavam para entrar em palco para actuarem juntos, John Fogerty recusou-se a tocar com eles, preferindo tocar com Bruce Springsteen e alguns outros amigos, até hoje Doug Clifford e Stu Cook não se recuperaram dessa humilhação em público.

Em 1995 Stu Cook e Doug Clifford, com o apoio de Patricia Fogerty (viúva de Tom Fogerty) criam a empresa Poor Boy Productions Inc e através desta formam a banda Creedence Clearwater Revisited que funciona como uma forma de retaliação contra John Fogerty.




O que eles disseram :

"Sofremos uma grande humilhação, John Fogerty deu provas públicas do grande porco que é !"
                                                                                        Stu Cook

"Fomos expostos a uma grande humilhação pública sem aviso prévio por parte de John Fogerty, será muito difícil um dia perdoar este tipo de atitude"

                                                                                         Doug Clifford

"Estou muito desiludido e revoltado com esta atitude do meu tio John"

                                                                                         Jeff Fogerty

"Nunca mais voltarei a tocar com cobras rastejantes" 

                                                                                          John Fogerty





JOHN FOGERTY EXPLICA COMO ACOMPANHOU A GRANDE TOUR AMERICANA DE TINA TURNER


[Em 1985 eu estava regressando com um novo album, Centerfield, depois de quase 10 anos ausente, o meu agente perguntou se eu queria acompanhar  a grande Tour americana 1985 / 86 de Tina Turner para fazer a abertura da primeira parte dos seus Shows, como estava relançando a minha carreira aceitei a proposta que era uma grande oportunidade de voltar aos grandes palcos, reuni uma banda e lancei-me nessa nova aventura, mas a minha participação resume-se a isso]

[As pessoas que não assistiram a esses concertos fazem uma ideia errada e pensam que eu acompanhei a Tina Turner como músico na banda dela, ou como convidado nos shows dela, isso não é verdade nem chegou a acontecer, eu apenas abri a primeira parte desses concertos com a minha banda, a Tina Turner fazia a segunda parte como cabeça de cartaz]

[A Tina Turner ficou preocupadíssima quando soube que eu ia abrir os shows dela, porque ela tinha no seu alinhamento o "Proud Mary", então ela perguntou-me "Você vai tocar o Proud Mary ?" e eu respondi-lhe "Fique descansada porque eu não vou tocar nenhuma musica dos Creedence", então ela ainda desconfiada e insegura pergunta-me "Então o que é que você vai tocar ?", e eu respondi-lhe com um sorriso "Outras coisas ...", a Tour decorreu muito bem sem grandes problemas]

[Mais ou menos na mesma época também cheguei a abrir as primeiras partes de alguns concertos que tinham Bruce Springsteen como cabeça de cartaz]

[A Tina Turner tinha gravado com o Ike Turner uma versão do "Proud Mary" em 1971, daí para cá essa musica fazia parte do alinhamento de todos os concertos dela]


TINA TURNER AMERICAN TOUR 1985 / 86 with JOHN FOGERTY

                  "Proud Mary" original version 1969 / "Proud Mary" cover version 1971

quarta-feira, 11 de março de 2015

STU COOK E DOUG CLIFFORD EM DECLARAÇÃO POLÉMICA

                                                 STU COOK E DOUG CLIFFORD
                                               
Stu Cook e Doug Clifford à época do lançamento do album ao vivo "Recollection" dos Creedence Clearwater Revisited em 1998,  fizeram uma declaração polémica que fez correr muita tinta dividindo uma onda de reacções na opinião pública :

[John Fogerty pode ter sido o autor intelectual das canções dos Creedence Clearwater Revival, mas não foi o único autor no processo criativo dessas mesmas canções, ele trazia as canções em "esqueleto" à guitarra, depois eu (Stu Cook) tinha de criar toda a linha de baixo para a sua construção, o mesmo se passava com o Doug Clifford que tinha de trabalhar todo o processo de bateria para a construção dessas canções, depois disso o John Fogerty trancava-se no estudio a trabalhar nos restantes arranjos fazendo overdubs por cima, mas em termos criativos práticos essas canções não eram só de John Fogerty, eram também nossas]

                                                                                                     Stu Cook - 1998

"O John Fogerty trazia-nos o embrião das novas canções compostas por ele, mas depois nós (Doug Clifford, Stu Cook, Tom Fogerty) tinhamos de trabalhar na criatividade ritmíca dessas canções e encontrar linhas de guitarra, baixo e bateria para a construção dessas canções, só depois da sessão ritmíca estar criada é que John Fogerty criava os solos de guitarra, os arranjos e produção final, ás vezes depois de meter a voz, ainda fazia uns overdubs em estudio, reconheço que ele investia muitas horas de trabalho nesse processo, mas analisando por um todo, sou da opinião do Stu, essas canções no modo criativo não eram só do John Fogerty, tinham também lá um pedaço do nosso trabalho criativo e pelo conseguinte eram canções também nossas] 
                                                          
                                                                                                   Doug Clifford - 1998

[Ao tocarmos essas canções consideramos que foi um favor que fizemos a John Fogerty, embora ele não tivesse gostado da ideia, fazia muitos anos que ele não tocava essas canções, mas ele tentou impedir em tribunal as apresentações da nossa banda Creedence Clearwater Revisited, mas foi muito mal sucedido nesse intento, a justiça acabou por não lhe dar razão e nós continuamos na estrada cada vez com mais concertos super lotados]

                                                                                                      Doug Clifford - 1998

"Eu realmente gostava dele, mas conforme o sucesso dos Creedence Clearwater Revival ia crescendo ia ficando cada fez mais egocêntrico transformando-se num ditador insuportável"

                                                                                                       Doug Clifford - 1998

"Em tempos fomos grandes amigos, com o sucesso dos CCR começou as nos tratar como se fossemos só musicos dele, tornou-se num convencido cabrão miserável e ditador sem escrúpulos"
                                                                                                       Stu Cook - 1998

"Nos CCR nunca participamos do processo de desenvolvimento das gravações em estúdio, o método de trabalho de John era o seguinte : ele trazia para a sala de ensaio as novas canções que pretendia gravar e nós ensaiavamos durante um mês de 8 a 12 horas por dia, depois quando achava que tudo estava devidamente "afinado" iamos para o estúdio gravar "live in studio" a sessão ritmica (baixo, guitarra, bateria) durante 2 ou 3 dias, depois ficavamos de fora da restante gravação, ficando John sozinho a trabalhar nessas canções, overdubs e arranjos, finalmente eramos chamados para gravar os coros de apoio vocal e depois dispensados ficando John de novo sozinho para gravar a parte vocal principal e fazer as mixagens, só tinhamos conhecimento do resultado final das canções quando o disco já estava prensado e pronto a ser distribuído nos circuitos de venda, nós eramos postos de parte em quase todo o processo de gravação de um disco, era só John quem dominava o processo de estúdio"

                                                                                                            Doug Clifford - 1998

"O John era um manipulador psicopata rancoroso, passou a nos odiar porque nós apoiávamos o Tom nas suas ideias e decisões, por sua vez o Tom apoiava Saul Zaentz, presidente da Fantasy, com o qual John estava a ter grandes problemas, John achava que deviamos estar do lado dele, mas nós estavamos do lado de Tom, isso nos garantia ser a maioria para garantir as percentagens financeiras de negocios relativos ao material gravado enquanto CCR, cada um de nós tinhamos 25% de quota sobre o legado dos CCR e nós três juntos eramos a maioria sobre os 25% detidos pelo John e o grande problema era que John queria impedir de rentabilizar o material gravado pelos CCR enquanto os seus problemas com Saul Zaentz / Fantasy não estivessem resolvidos, os CCR eram a nossa banda e não só a banda de John Fogerty".

                                                                                                            Stu Cook - 1998

"Acho que o último album dos CCR, "Mardi Grass", só falhou porque o John assim o quis, foi um fracasso planeado porque reconheço que ele é um génio e sabia antecipadamente que esse album não ia resultar, ele fez tudo deliberadamente para que tivesse como resultado a separação da banda pois ele queria iniciar uma carreira a solo. Ele sabia que a nos pôr a vocalizar dois terços do album isso seria um desastre total porque tinhamos a consciência que nem eu nem o Stu eramos definitivamente cantores." 
                                                                                                         Doug Clifford - 1998

"John é uma mente diabólica que deu cabo de uma banda que ainda tinha muito para dar, quis seguir uma carreira a solo que o encurralou e que não lhe correu como ele esperava, mas sobreviveram estas excelentes canções dos Creedence Clearwater Revival que continuam a atravessar gerações e que agora estamos apresentar ao vivo com a nossa nova banda Creedence Clearwater Revisited" 
                                                                                                             
                                                                                                           Stu Cook - 1995


                                                  STU COOK & DOUG CLIFFORD
                                        CREEDENCE CLEARWATER REVISITED


RESPOSTA DE JOHN FOGERTY A ESTE ASSUNTO :

" (Risos) ... Esse tal Creedence Clearwater Revisited é uma banda de covers formada por uns parasitas que andam a defraudar o público com as canções que eu criei e que eles tomam como se fosse deles a sua autoria"

                                                                                                             John Fogerty - 1998


JOHN FOGERTY CONTA COMO NASCEU A CARREIRA DOS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL


[Em 1959 estava na sala de atividades lúdicas da Portola High School a tocar umas coisas ao piano, entrou na sala um aluno que eu não conhecia e meteu conversa comigo, era o Doug Clifford, durante a conversa ele disse-me "sou baterista, você está interessado em formar uma banda comigo ?", eu respondi-lhe "sim podemos tentar, toco piano mas na verdade sou guitarrista", eramos uns garotos com 14 anos, o Doug Clifford trouxe o seu melhor amigo Stu Cook que era pianista e juntos formamos os The Blue Velvets, o meu irmão Tom Fogerty só entrou na banda como vocalista em 1960]

                                                                                            John Fogerty - 1998

[Em 1961 gravamos dois singles como Tommy Forgety And The Blue Velvets para a Orchestra Records, que era uma pequena editora local, que conseguimos obter um pequeno sucesso a nível regional, mas em 1962 gravamos um terceiro single que não conseguiu chamar a atenção do público, como resultado a editora descartou-nos]

                                                                                             John Fogerty - 1998

[Em 1963 mudamos o nome da banda para The Visions,  e fizemos algumas alterações internas na banda, o Stu Cook passou para a guitarra baixo, o Tom passou a se ocupar da guitarra base e continuou como vocalista, a posição do Doug continuou na bateria e eu fiquei como guitarrista solista e também vocalista, em estudio também me ocupei pela execução de outros instrumentos, piano, orgão, sax e harmonica]

                                                                                             John Fogerty - 1998

[Em 1964 assinamos contrato com a editora Scorpio Records, que era uma divisão da Fantasy Records, lançamos o nosso primeiro single ainda nesse ano, tendo a editora alterado o nome da banda para The Golliwogs, sem a nossa autorização, detestamos esse nome mas ficamos com essa designação até 1967 e tivemos meia dúzia de singles que foram pequenos sucessos a nível regional mas nenhum sucesso a nível nacional, talvez pela muito fraca distribuição]

                                                                                                John Fogerty - 1998

[Em 1968 alteramos o nome da banda para Creedence Clearwater Revival, a nível interno a única mudança, com o acordo de todos, foi o Tom ficar só com a posição de guitarrista base e deixar de ser vocalista e co-autor das composições. Essas funções passaram a ser minhas, na verdade tudo isso foi uma sugestão / condição da editora Fantasy Records antes de assinarmos um novo contrato com essa editora]

                                                                                               John Fogerty - 1998

[A Fantasy Records era uma pequena editora especializada em Jazz e Blues, e mais tarde em Soul Music, fundada em 1948 pelos irmãos Sol Weiss e Max Weiss. No inicio da década de 60 criaram a Scorpion Records, uma divisão subsidiaria da Fantasy, para lançar discos com musica mais popular e em moda entre a juventude. No final de 1967 os irmãos Weiss vendem a Fantasy Records a um grupo de investidores liderados por Saul Zaentz, após a compra ter sido efectuada as actividades da Scorpion Records foram imediatamente encerradas no final de Dezembro de 1967]

                                                                                            John Fogerty - 1998

[Nos tempos do The Golliwogs, eu e o Tom criamos em dupla algumas canções usando o pseudónimo Rann Wild (Tom) e Toby Green (John). Também em 1967 cheguei a assinar a autoria de algumas canções com o pseudónimo T. Spicebush Swallowtail, mas alguns anos mais tarde autorizamos a mudança do registo para o nosso verdadeiro nome]

                                                                                                  John Fogerty - 1998

NOTA : As citações aqui registadas são parte de uma entrevista concedida por John Fogerty em 1998 quando do lançamento do album e dvd ao vivo "Promonition".


terça-feira, 10 de março de 2015

JOHN FOGERTY : "BAD MOON RISING" OU "BAD MAN RISING" ? !!!


JOHN FOGERTY - BAD MOON RISING - 1969
Em 1969 os Creedence Clearwater Revival lançavam o single "Bad Moon Rising" extraído do album "Green River", uma composição original (letra e música) da autoria de John Fogerty.
O conteúdo da letra "Bad Moon Rising" parecia uma promonição dos maus tempos que haveriam de vir com desavenças entre os membros da banda e também com a editora discográfica, John Fogerty um dia disse que se o empresário Saul Zaentz tivesse revelado o seu mau caráter de ganância mais cedo, a música teria por titulo "Bad Man Rising", tinha lógica.



BAD MOON RISING

I see the bad moon rising
I see trouble on the way
I see earthquakes and lightnin?
I see bad times today


Don't go around tonight
Well, it's bound to take your life
There's a bad moon on the rise


I hear hurricanes blowing
I know the end is coming soon
I fear rivers over flowing
I hear the voice of rage and ruin


Don't go around tonight
Well, it's bound to take your life
There's a bad moon on the rise


All right

Hope you got your things together
Hope you are quite prepared to die
Looks like we're in for nasty weather
One eye is taken for an eye


(2x)

Don't go around tonight
Well, it's bound to take your life
There's a bad moon on the rise


Words and Music by John Fogerty

TRADUÇÃO PARA PORTUGUÊS

LUA RUIM NASCENDO

Eu vejo a lua ruim nascendo,
Eu vejo problemas à vista,
Eu vejo terremotos e relâmpagos,
Eu vejo tempos ruins hoje.


Não saia essa noite,
Bem, está prestes a tirar sua vida,
tem uma lua ruim a nascer.


Eu ouço furacões soprando,
Eu sei que o fim está chegando,
Eu temo que os lagos transbordem,
Eu ouço a voz de raiva e ruína.


Não saia essa noite,
Bem, está prestes a tirar sua vida,
tem uma lua ruim a nascer.


Muito bem!

Espero que você tenha juntado as coisas,
Espero que você esteja preparado para morrer,
Parece que estamos preparados pra tempo ruim,
Agora é olho por olho.


(2x)

Não saia essa noite,
Bem, é uma viagem para tirar sua vida,
tem uma lua ruim a nascer.


Letra e Musica de John Fogerty



segunda-feira, 9 de março de 2015

JOHN FOGERTY - ALGUMAS DECLARAÇÕES POLÉMICAS

                                                                 JOHN FOGERTY

Depois de ter resolvido os seus problemas com a Fantasy Records depois da compra dessa editora pela Concord Music alguns jornalistas o interrogaram acerca de uma possível reunião dos Creedence Clearwater Revival , respondeu :

"A minha raiva contra aqueles que me cruxificaram durante anos já passou, estou aberto a propostas nesse sentido, talvez possa haver uma reunião pontual dos Creedence Cleawater Revival, a ver vamos !"
                                                                                             John Fogerty - 2008

Um jornalista pegou no comentário de John Fogerty e pediu uma opinião a Stu Cook e a Doug Clifford, que obviamente comentaram o que pensavam acerca do assunto :

"Poderia ter sido uma boa ideia à 20 anos atrás, mas agora é tarde demais"

                                                                                            Doug Clifford - 2008

"Os leopardos não mudam de pele, isto é apenas um exercício para o John polir a sua imagem, é um grande golpe de teatro, o meu telefone certamente não tocará"

                                                                                               Stu Cook - 2008

Mais recentemente John Fogerty ao ser confrontado com a mesma pergunta, muda de opinião e responde :

"Uma reunião dos Creedence Clearwater Revival está fora de questão, essa hipótese ficou encerrada com a morte de Tom Fogerty"

                                                                                                John Fogerty - 2010

Quando alguns jornalistas perguntaram a John Fogerty se tinha conhecimento da morte de Saul Zaentz e se tinha alguma coisa a declarar, este respondeu :

"Qualquer situação de morte é triste, mas tenho a certeza que para onde ele foi não poderá roubar mais ninguém. Nada mais tenho a declarar"

                                                                                                    John Fogerty - 2014

Numa das suas últimas entrevistas Stu Cook e Doug Clifford declararam :

"Estamos muito bem com o nosso projecto Creedence Clearwater Revisited, estamos com a agenda cheia com concertos agendados por todo o país, reactivar o Creedence Clearwater Revival original neste momento não faz agora nenhum sentido, não precisamos e sabemos que o John também não precisa, isso é um capitulo encerrado"

                                                                        Doug Clifford e Stu Cook - 2011


                                                 STU COOK e DOUG CLIFFORD
               

RUSS GARY - O ENGENHEIRO DE SOM ESCLARECE ALGUMAS DÚVIDAS

                           Russ Gary, ao centro, ladeado com Steve Hoffman e Kevin Gray

Russ Gary que erradamente é considerado como o engenheiro de som responsável pela gravação de todos os albuns dos Creedence Clearwater Revival veio esclarecer publicamente que não foi responsável pelo som dos dois primeiros albuns desta banda.

"Eu fui o responsável apenas a partir do terceiro album "Green River" e todos os restantes albuns e singles a partir daí em diante, nos dois primeiros albuns fui apenas assistente técnico de estudio, no primeiro album o engenheiro de som responsável foi Walt Payne e no segundo album foi Hank McGill, só a partir do terceiro album é que todos os outros passaram a ser da minha responsabilidade"
                                                     Russ Gary - 2006

O primeiro album "Creedence Clearwater Revival" foi gravado nos Coast Recorders Studios, em San Francisco em 1968 com o engenheiro de som Walt Payne assistido por Russ Gary, e segundo se conta a produção foi de John Fogerty mas foi publicamente omitida e creditada a Saul Zaentz que era o investidor financeiro que apoiava a banda.

O segundo album "Bayou Country"  foi gravado em 1969 nos RCA Studios, em Hollywood, com o engenheiro de som responsável Hank McGill assistido por Russ Gary. A partir deste album a produção passa a ser creditada a John Fogerty.

O terceiro album "Green River" foi gravado também em 1969 nos Wally Heider Studios, em San Francisco, com o engenheiro de som responsável Russ Gary. A partir deste album todos os restantes albuns e singles desta banda tiveram Russ Gary como engenheiro de som responsável pelos mesmos.

O quarto album "Willy And The Poorboys" foi gravado no Fantasy Studio "C" um dos mais recentes estudios da Fantasy Records, especialmente criado para uso exclusivo dos Creedence Clearwater Revival (a Fantasy também tinha o Studio A e o Studio B para uso de outros artistas do seu catalogo): Obviamente este quarto album tem a produção creditada a John Fogerty e a Russ Gary como engenheiro de som.

O quinto album "Cosmo´s Factory" também foi gravado no Fantasy Studio "C" em 1970 com produção creditada a John Fogerty e a Russ Gary como engenheiro de som.

O sexto album "Pendulum" foi também gravado no Fantasy Studio "C" em 1970 novamente com a produção creditada a John Fogerty e Russ Gary como engenheiro de som.

O sétimo e último album "Mardi Gras" também foi gravado no Fantasy Studio "C" entre 1971 e 1972 com Russ Gary como engenheiro de som e co-produção partilhada entre John Fogerty, Stu Cook e Doug Clifford.

Russ Gary também foi o técnico de som de palco nos concertos ao vivo desta banda entre 1970 e 1972 que resultou em 2 albuns ao vivo póstumos, "Live In Europe 1971/1972" editado em 1973 e "Live In Concert 1970" editado em 1980.

O primeiro album a solo de John Fogerty "The Blue Ridge Rangers" foi gravado em 1973 no Fantasy Studio "C" com Russ Gary como engenheiro de som assistido por Skip Shimmin, mas parte desse album foi gravado no estúdio particular de John Fogerty com apenas Skip Shimmin como engenheiro de som.

O Fantasy Studio "C" era também conhecido como "The Factory" e ficava no mesmo espaço onde estava a sala de ensaios dos Creedence Clearwater Revival situado num dos armazéns da rés-do-chão da Fantasy Records Building.

"Em 1969 eles foram fazer uma audição para testar técnicamente o Wally Heider Studios, eu já os conhecia de passagem, eram uma sessão rítmica fantástica, bem ensaiados, afinados e muito certinhos, não deram muito trabalho para os acertar em estúdio, gravaram como teste alguns instrumentais, depois de ouvirem o resultado saíram do estudio sem grandes sorrisos e abraços, pensei que alguma coisa tivesse corrido mal, tinham entrado mudos e saído calados, pensei que não tivessem gostado do meu trabalho, mas uns dias depois regressaram para alugar tempo de estudio para gravar aquele que seria o album Green River  e apenas fizeram uma única exigência aos responsáveis do estudio, que a engenharia de som ficasse a cargo de Russ Gary, e foi assim que começou a nossa relação de trabalho, depois do album ter sido lançado recebi uma proposta da editora deles para trabalhar em exclusividade para eles, a qual aceitei, estive na Fantasy até 1976 mais ou menos e produzi dois albuns a solo de Tom Fogerty" 

                                                                                                 Russ Gary - 2006

"Nas sessões de estudio do album Green River eles gravaram a sessão rítmica de 3 temas originais que depois não chegaram a ser desenvolvidos, foram apenas gravadas a sessão rítmica base instrumental desses temas ainda em embrião, tinham o titulo provisório "Briar Patch", "Glory Be" e "Broken Spoke Shuffle", eles acabaram por descartar esses temas do alinhamento desse album, mas essas maquetas com a gravação base desse temas existe e foram entregues à editora, o John Fogerty tinha por costume apagar aquilo que não gostava, mas essa maqueta ele não teve coragem de apagar porque pretendia mais tarde dar desenvolvimento a essas músicas, mas isso nunca chegou a acontecer por qualquer razão que desconheço"

                                                                                                   Russ Gary - 2006

"Em 1972 formei juntamente com Stu Cook e Doug Clifford uma empresa produtora a que demos o nome DSR, iniciais de Doug, Stuart e Russ, e produzimos discos de alguns artistas locais de San Francisco Bay, na década de 70, fomos nós que produzimos em 1973 o album Live In Europe, dos Creedence Clearwater Revival, a partir de uma fita captada ao vivo por mim durante a digressão europeia 1971/1972 que estava em nossa posse"

                                                                                                 Russ Gary - 2006

"A produtora DSR esteve em actividade durante cinco anos, depois foi encerrada porque decidimos fazer outras coisas individualmente, hoje com o avanço da tecnologia, que na época era analógica, para a tecnologia digital a sigla DSR poderia significar Digital Sound Recordings, mas na época a sigla DSR significava as iniciais do nosso nome, Doug, Stu, Russ."

                                                                                                   Russ Gary - 2006


                                                     RUSS GARY - Engenheiro de Som
                                            CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL
                                   Tom Fogerty, Doug Clifford, John Fogerty, Stu Cook

CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL - OS VETERANOS DO TOP : A GRANDE MÁQUINA

Durante os seus cinco anos de actividade, 1968-1972, os Creedence Clearwater Revival foram considerados os veteranos do Top, excepto no último ano, dos 12 discos single oficiais lançados 11 chegaram aos lugares cimeiros do Top 100 das tabelas norte-americanas.
Dos 7 albuns oficiais que lançaram,  6 deles também chegaram aos lugares cimeiros do Top 100 norte-americano, excepto o último que não se aguentou no Top.
Na europa alcançaram alguns primeiros lugares nos Tops europeus com singles e albuns e até lançaram alguns singles, extraídos de alguns dos seus albuns, com temas que nunca foram lançados em single nos Estados Unidos da America. Por exemplo "It Came Out Of Sky" e "Molina" que foram dois singles que alcançaram grande sucesso na Europa mas que nunca foram lançados como tal no mercado norte-americano.
Durante 2 anos consecutivos, entre 1969 a 1970, os Creedence Clearwater Revival foram considerados a banda mais popular da America, a grande campeã de vendas e com mais discos a circular consecutivamente nos Tops Hits das tabelas norte-americanas.
Entre 1969 a 1970 a sua popularidade estava à frente dos The Beatles e dos The Rolling Stones e durante 3 anos consecutivos dominaram o mercado discográfico norte-americano com sucesso de vendas de discos, considerados uma grande máquina de fazer dinheiro fazendo crescer a sua editora discografica Fantasy Records, de pequena editora independente para grande editora independente. No final de 1971 começa a dar sinais do principio do fim causados por grandes problemas internos entre os membros da banda e inevitavelmente o sonho como banda chega ao fim com a sua separação em Julho de 1972. Mas a grandeza do seu legado discográfico ainda continua a ser uma máquina de fazer muito dinheiro continuando a vender milhões de discos durante 40 anos depois da sua separação.

domingo, 8 de março de 2015

JOHN FOGERTY DIZ QUE O ALBUM MARDI GRAS NÃO É CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

 
   JOHN FOGERTY NÃO RECONHECE O ALBUM MARDI GRAS COMO UM ALBUM 
   DOS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

O album Mardi Gras foi o último album de estúdio dos Creedence Clearwater Revival que começou a ser gravado entre Janeiro e Março de 1972 e lançado a 11 de Abril do mesmo ano, nele está incluido o tema "Sweet Hitch-Hiker" gravado e lançado em single na primavera de 1971 com a banda já reduzida a trio.
É o primeiro e único album lançado como um trio depois de Tom Fogerty ter deixado a banda em Janeiro de 1971 para seguir carreira a solo.
Este album só traz 4 musicas de John Fogerty (3 temas originais e 1 tema cover), o resto do album é dividido entre Stu Cook e Doug Clifford com 3 temas para cada um. Isto acontece pela primeira vez em um album dos Creedence Clearwater Revival e marca o final da banda com a sua separação em Julho de 1972, três meses depois do lançamento deste album.

Russ Gary foi o engenheiro de som de todos os albuns dos Creedence Clearwater Revival, em 1996 fez esta revelação acerca deste album :

"O único trabalho que John Fogerty não se empenhou com dedicação foi o album Mardi Gras, nesse album ele só trabalhou em 4 temas nos arranjos e produção que foram as canções que estavam à responsabilidade dele, o resto do album ele jogou a responsabilidade para o Stu Cook e Doug Clifford que não tinham uma grande experiência como compositores, arranjadores e produtores, o John quis primeiro gravar a guitarra das restantes canções e depois ausentou-se do estúdio deixando o Doug e o Stu trabalhando sozinhos nessas canções que eram da responsabilidade deles. Eu tive de dar-lhes uma ajuda como assistente a orientar os trabalhos de estúdio, o John não compareceu para finalizar os trabalhos porque a parte dele já estava pronta, só reapareceu para fazer as misturas finais, quando o album finalmente foi editado John chegou a dizer "este album é um monte de merda", os Creedence Clearwater Revival praticamente já tinham chegado ao seu final"
                                                                                            Russ Gary - 1996

John Fogerty também menosprezou este album num comentário público em 1998 :

"Os Creedence Clearwater Revival só gravaram 6 albuns de estúdio, eu não considero o Mardi Gras como um album dos Creedence Clearwater Revival, para mim o Mardi Gras é um album a solo partilhado entre os três elementos remanescentes daquilo que foram os Creedence Clearwater Revival"
                                                                                             John Fogerty - 1998



JOHN FOGERTY - ALGUNS SEUS COMENTÁRIOS PÚBLICOS


Quando perguntaram acerca da sua técnica como guitarrista ...

"Tenho consciência que hoje toco melhor do que em 1970, apesar de eu ter estado afastado da industria musical durante alguns anos aproveitei esse tempo para ir praticando e ir aprendendo mais acerca deste (guitarra) e outros instrumentos, de um certo modo nunca estive parado"
                                                         
                                                                                                                John Fogerty - 2006

Quando perguntaram qual é o album dos Creedence Clearwater Revival que mais gosta ...

"Dos 6 albuns de estúdio que os Creedence Clearwater gravaram aquele que eu mais gosto é sem dúvida o GREEN RIVER de 1969, foi o album que me deu menos trabalho em estudio, mas foi o que me deu mais gozo gravar, contém excelentes canções"

                                                                                                             John Fogerty - 1998

Quando o interrogaram se não tinham sido 7 albuns de estúdio gravados pelos Creedence Clearwater Revival ....

"Não, foram mesmo 6 albuns, Creedence Clearwater Revival em 1968, Bayou Country em 1969, Green River em 1969, Willy And The Poor Boys em 1969, Cosmo´s Factory em 1970 e Pendulum no final de 1970, sim foram 6 albuns"

                                                                                                           John Fogerty - 1998

Quando o interrogaram acerca do album Mardi Gras de 1972 ...

"Sim, mas não considero o Mardi Gras como um album dos Creedence Clearwater Revival, para mim o Mardi Gras é um album a solo partilhado pelos três elementos remanescentes daquilo que foram os Creedence Clearwater Revival"

                                                                                                        John Fogerty - 1998

Quando perguntaram acerca do seu conflito com os seus ex-companheiros de banda, Stu Cook, Doug Clifford, e seu irmão Tom Fogerty (na época já falecido) ...

"Estamos de relações cortadas desde 1981, ao longo destes anos tive de aprender como lidar com cobras rastejantes"

                                                                                                         John Fogerty - 1986

Quando perguntaram acerca dos seus problemas com Saul Zaents / Fantasy Records ...

"Saul Zaentz foi como Judas, vendeu o seu carácter a troco de dinheiro e transformou-se num grande ladrão Barrabás, roubou-me imenso dinheiro e protegeu-se rodeado de algumas cobras rastejantes que comem da sua mão"

                                                                                                            John Fogerty - 1985

Quando perguntaram do que achava dos Creedence Clearwater Revisited formados pelos seus ex-parceiros Stu Cook e Doug Clifford ...

" (Risos) ... Esse tal Creedence Clearwater Revisited é uma banda de covers formada por uns parasitas que andam a defraudar o público com as canções que eu criei e que eles tomam como se fosse deles a sua autoria"

                                                                                                             John Fogerty - 1998

Quando o interrogaram acerca da sua péssima relação com o seu irmão Tom Fogerty ...

"O grande problema do meu irmão Tom com a sua atitude de personalidade conflituosa é a sua grande frustração como artista e inveja por nunca ter grande projeção enquanto artista e descarregou isso contra mim por eu ter conseguido chegar até onde ele também sonhava" 

                                                                                                              John Fogerty - 1985


RUSS GARY - O HOMEM QUE AJUDOU A FABRICAR O SOM DOS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

                                RUSS GARY, um excelente e notável engenheiro de som.
RUSS GARY foi o engenheiro de som responsável pela gravação de todos os discos, albuns e singles, dos Creedence Clearwater Revival. Também foi o engenheiro responsável pela gravação dos primeiros 4 albuns a solo e do single "Goodbye Media Man" de Tom Fogerty.
Foi também o responsável pelo som do primeiro album de John Fogerty "The Blue Ridge Rangers" e pelos singles "You Don´t Owe Me", "Back In The Hills" e "Comin´Down The Road". O primeiro e único album a solo de Doug Clifford, "Cosmo", também tem a sua mão de responsabilidade em matéria de som.
RUSS GARY para além de engenheiro de som também foi o produtor do terceiro e quarto album de Tom Fogerty, "Zephyr National" e "Myopia" ambos lançados em 1974, onde também toca guitarra em alguns temas do "Zephyr National" e em todos os temas do "Myopia". É também co-autor em parceria com Tom Fogerty  no tema "Hot Buttered Rum" incluído no album "Zephyr National". Também tocou guitarra acustica no primeiro album a solo de Tom Fogerty.
RUSS GARY foi o engenheiro de som que ajudou John Fogerty a encontrar a sonoridade de estúdio para os Creedence Clearwater Revival, realmente em parceria com as orientações de John Fogerty o engenheiro de som Russ Gary fez um muito bom trabalho.
Durante os cinco anos de existência dos Creedence Clearwater Revival foi Russ Gary quem mais trabalhou em estúdio com John Fogerty, foram muitíssimas horas trancados juntos em estudio a trabalhar no perfeccionismo das musicas que iam integrar um novo album.
RUSS GARY em 1996 disse o seguinte sobre John Fogerty :

"John Fogerty era um perfeccionista e estava sempre insatisfeito com alguma coisa a qual tentava sempre melhorar, eram horas de exaustão sempre a trabalhar e era muito exigente, mas eu realmente admirava-o muito porque era um jovem com uma grande visão e talento, e profissionalmente sabia muito bem aquilo que estava fazendo desde a composição, arranjos e produção, e muito sinceramente, com todo respeito que tenho pelos outros membros da banda, acho que sem esse trabalho de John Fogerty os Creedence Clearwater Revival nunca teriam chegado à linha do sucesso que alcançaram, o rapaz realmente era um génio"
                                                                                      Russ Gary - 1996

"O único trabalho que John Fogerty não se empenhou com dedicação foi o album Mardi Gras, nesse album ele só trabalhou em 4 temas nos arranjos e produção que foram as canções que estavam à responsabilidade dele, o resto do album ele jogou a responsabilidade para o Stu Cook e Doug Clifford que não tinham uma grande experiência como compositores, arranjadores e produtores, o John quis primeiro gravar a guitarra das restantes canções e depois ausentou-se do estúdio deixando o Doug e o Stu trabalhando sozinhos nessas canções que eram da responsabilidade deles. Eu tive de dar-lhes uma ajuda como assistente a orientar os trabalhos de estúdio, o John não compareceu para finalizar os trabalhos porque a parte dele já estava pronta, só reapareceu para fazer as misturas finais, quando o album finalmente foi editado John chegou a dizer "este album é um monte de merda", os Creedence Clearwater Revival praticamente já tinham chegado ao seu final"
                                                                                       Russ Gary - 1996


                                                                     RUSS GARY
                                           CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL
                                 John Fogerty * Tom Fogerty * Doug Clifford * Stu Cook

sábado, 7 de março de 2015

JOHN FOGERTY É PROCESSADO PELOS EX-COMPANHEIROS DE BANDA

Em 2014 John Fogerty foi processado pelos seus ex-companheiros dos Creedence Clearwater Revival, Stu Cook, Doug Clifford e a viúva de Tom Fogerty que detêm 25 % cada um da marca comercial CCR, em causa está a utilização por John Fogerty das canções integrais dos albuns "Bayou Country", "Green River", "Willy And The Poor Boys", "Cosmo´s Factory" e "Pendulum" dos Creedence Clearwater Revival, no alinhamento dos seus mais recentes concertos ao vivo.
No processo que ainda decorre em tribunal John Fogerty é acusado de não pagar aos restantes proprietários os direitos e imagem devido ao registo da marca CCR, do qual John Fogerty tem apenas uma quota de 25%, pedindo uma indemnização que ronda nos 500 mil dolares.
Também querem legalmente impedir que John Fogerty toque essas musicas nos seus concertos ao vivo porque são reportório exclusivo da banda que eles criaram em 1995 Creedence Clearwater Revisited e que John Fogerty está "ilegalmente" a fazer-lhes concorrência e como tal retirando-lhes o público dos seus concertos ao vivo.
Como é que se explica legalmente uma coisa dessas ? !!! ...
John Fogerty foi o autor-compositor-letrista de todas as composições originais, foi o produtor e arranjador e a voz de todos os albuns dos Creedence Clearwater Revival, excepto o album "Mardi Gras" do qual só é responsável por 4 temas, como é possível levantar um processo judicial  contra John Fogerty nesses termos quando Stu Cook, Doug Clifford e Tom Fogerty participaram nesses albuns e nessas canções apenas como músicos mas não são os autores intelectuais da criação dessas musicas e desses albuns ? !!! ...
Quanto a designação Creedence Clearwater Revival não é utilizada nos concertos de John Fogerty e não se apresenta como tal, ele apenas informa nos seus cartazes promocionais que vai tocar em determinado concerto o alinhamento integral do album tal, mas não se apresenta como um Creedence ressuscitado, felizmente John Fogerty não precisa disso para se promover.
Stu Cook e Doug Clifford que intelectualmente nada contribuíram em termos criativos para o Creedence Clearwater Revival são uns parasitas sem grande talento que montaram em 1995 uma banda de covers chamada Creedence Clearwater Revisited e auto-intitulam-se como os legítimos CCR com plenos poderes sobre o legado Creedence e vivem à custa de um reportório com canções criadas pelo cérebro e talento de John Fogerty, a viúva de Tom Fogerty, que é ex-cunhada de John Fogerty, juntou-se a eles porque quer é dinheiro, se tivessem vergonha na cara nem sequer levantavam este processo sujo de falta de caráter contra John Fogerty, mas creio que como o processo não tem por onde se pegue vão perder esta causa em tribunal.
Eu sei um adjectivo certo para colar no Stu Cook, Doug Clifford e viúva de Tom Fogerty, e penso que vocês também o sabem. É muita gente a querer viver à custa das canções que foram criadas por John Fogerty.